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Exposições

CAIXA Cultural recebe exposição que revisita representações dos povos originários

A exposição gratuita permanece em cartaz até 1º de fevereiro de 2026

Alexya Lemos

07/11/2025 10h48

ziel karapotó como fumaça ziel karapotó lígia jardim

Foto: Lígia Jardim/ Divulgação

A CAIXA Cultural , em parceria com o Instituto Ricardo Brennand, apresenta a exposição “Todos falam de mim, ninguém me representa”, que propõe um diálogo inédito entre as litografias do artista europeu Johann Moritz Rugendas e a produção contemporânea do artista visual Ziel Karapotó. A mostra oferece uma leitura crítica e decolonial das representações históricas dos povos originários, convidando o público a refletir sobre os modos como essas imagens foram construídas e persistem no imaginário coletivo.

A curadoria é assinada pelo próprio artista, em parceria com a antropóloga e diretora do Instituto Ricardo Brennand, Nara Galvão. Juntos, constroem uma contranarrativa iconográfica e pictórica, propondo novas paisagens, diálogos e reflexões sobre as formas como os povos indígenas foram representados ao longo da história da arte e da formação da imagem nacional.

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Foto: Divulgação

“Esta exposição reafirma o compromisso da CAIXA Cultural e do Instituto Ricardo Brennand com a difusão da cultura brasileira, ao abrirem espaço para que artistas contemporâneos se tornem protagonistas de suas próprias histórias”, afirma Ziel Karapotó. A mostra inclui uma grande instalação individual, resultado de quatro anos de pesquisa sobre a obra de Rugendas, além de vídeos, performances, fotografias, pinturas e desenhos. A proposta não apenas revisita o passado, mas também convoca o público a repensar os modos de ver e narrar a história a partir de outras epistemologias.

Para Nara Galvão, dar visibilidade às pesquisas e criações de artistas indígenas é também fortalecer uma museologia experimental e plural: “Essas iniciativas oferecem uma plataforma fundamental para que os artistas compartilhem suas perspectivas, culturas e histórias próprias, promovendo autorrepresentação e reconhecimento dentro do sistema da arte”, destaca.

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Foto: Divulgação

A exposição reforça a importância de valorizar a diversidade étnica e cultural do Brasil, país que abriga mais de 370 povos indígenas e 270 línguas, segundo o Censo 2023. Também funciona como uma ferramenta de aplicação da Lei 11.645, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura indígena nas escolas, integrando ações educativas voltadas ao público visitante.

A exposição permanece em cartaz até 1º de fevereiro de 2026, oferecendo ao público a oportunidade de revisitar o passado e repensar a representação dos povos originários à luz da arte contemporânea.

Serviço
Exposição: Todos falam de mim, ninguém me representa
Artistas: Johann Moritz Rugendas e Ziel Karapotó
Local: CAIXA Cultural Brasília – SBS Quadra 4, Lotes 3/4
Período de visitação: De 9 de novembro de 2025 a 1º de fevereiro de 2026
Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 21h
Entrada gratuita

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