Obras de alguns dos maiores expoentes da arte latino-americana como Fernando Botero, Oswaldo Guayasamín, José Gurvich, Antonio Berni, Frida Kahlo e Roberto Matta além do brasileiro Ibere Camargo, foram reunidas na Cidade do México em uma exposição composta por 41 peças representativas do movimento modernista.
Sob o nome de “Latitudes: Professores Latino-americanos”, a mostra agrupa as vanguardas artísticas do Brasil, México, Equador, Uruguai, Venezuela, Argentina, Chile, Cuba, Nicarágua e Colômbia, produto da influência de linguagens estéticos europeias propostas pelas correntes do pós-impressionismo, o cubismo e o surrealismo, entre outros.
A mostra começa hoje e vai até o dia 20 de setembro no Museu de Arte Moderna (MAM) da Cidade do México.
“A magia da exposição reside em que todas estas peças capitais na obra dos artistas e verdadeiras joias do patrimônio latino-americano confluem e dialogam entre si – apesar de pertencerem a contextos totalmente diferentes – e encontram uma sintonia entre seus pares da América Latina”, disse hoje à Agência Efe o diretor do MAM, Osvaldo Sánchez.
Obras dos mexicanos Diego Rivera, José Clemente Orozco e Juan O’Gorman, assim como do venezuelano Armando Reverón, o argentino Antonio Berni, o uruguaio Pedro Figari, o brasileiro Ibere Camargo, o cubano Wilfredo Lam e o chileno Roberto Matta lideram a exposição.
A eles se unem a argentina Leonor Fini, as mexicanas Frida Kahlo, Leonora Carrington e Remedios Varo, assim como o venezuelano Jacobo Borges, o argentino Rómulo Macció, o nicaraguense Armando Morales e o brasileiro Arcangelo Ianelli, entre outros.
Segundo a curadora da exposição, Rosa María Rodríguez Garza, o público poderá apreciar “as linguagens da modernidade latino-americana” ao longo de quatro eixos temáticos.
Estes eixos são “A redefinição plástica a partir do pós-impressionismo e o cubismo”, “O muralismo mexicano e sua escola de pintura” e “Surrealismos” e “Modelos de abstração: Informalismo, Geometrismo, Construtivismo e Cinetismo”.
Através deles faz-se um percurso pelas vanguardas do começo do século XX, as propostas da pintura do pós-guerra, os anos 80 e as três últimas décadas do século XX.
Peças como “Café” do uruguaio José Gurvich, “A vida” de Pedro Figari, “Os Mitos” de Juan O’Gorman, “Santa Rosa de Lima” do colombiano Fernando Botero, “Superposição de quadros” do brasileiro Arcangelo Ianelli, “Quito Negro” do equatoriano Oswaldo Guayasamín, e “Casamento Índio” do mexicano Alfredo Ramos.
“Em cada peça podemos ver como os movimentos artísticos se enraizaram em contextos totalmente diferentes e há cruzamentos de linguagens, mas, além disso, podemos dar testemunho que o patrimônio artístico de um país é fruto do diálogo com outras nações”, assegurou Sánchez.
“Latitudes: Professores Latino-americanos” iniciou seu itinerário em 2008 na Argentina e passou pela Espanha, Brasil e Estados Unidos.