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Exposição fotográfica retrata a violência sofrida por mulheres em Brasília

Arquivo Geral

16/03/2012 11h30

divulgação

 

Começa nesta sexta-feira (16) a exposição Mulheres: cotidiano e violência na construção de Brasília. Realizada pelo Arquivo Público do Distrito Federal e pelas secretarias de Cultura e da Mulher, a mostra apresenta fotografias e reproduções de ocorrências policiais registradas sobre violência contra as mulheres que moravam em Brasília nos anos de 1957 e 1958. A exposição fica em cartaz até o dia 15 de abril, Mezanino da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro.

 

 
Para a primeira-dama, Ilza Queiroz, que participou da solenidade de abertura da mostra, na noite desta quinta-feira (15), o acervo exposto recupera a memória do DF. “É um passo importante para conhecermos a história social de Brasília, um resgate importante, a partir do papel da mulher”, destaca.

 
Os documentos demonstram que, desde a época da construção da capital, as mulheres do DF tinham coragem para denunciar atos de violência praticados por homens desconhecidos, colegas de trabalho e familiares. “O coronel responsável pela segurança também tinha um pensamento à frente do seu tempo, porque estabelecia punições para os agressores”, acrescenta Ilza Queiroz.

 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 21 mil pessoas moravam em Brasília em março de 1958. Cerca de 8 mil eram mulheres. “São pessoas invisíveis”, frisa o secretário de Cultura, Hamilton Pereira. “Se a gente lê esses textos e se comove, essas mulheres passam a fazer parte da história que precisa ser contada”, completa.
 

O superintendente do Arquivo Público do DF, Gustavo Chauvet, reitera: “As mulheres não faziam parte da nossa história oficial, assim como os trabalhadores negros e tantas outras pessoas”. Já a secretária-adjunta da Mulher, Valesca Leão, afirma que essa visibilidade só se tornou possível “graças à transversalidade entre as instituições do Governo do Distrito Federal”.

 
Também participou da abertura da exposição o engenheiro Athaualpa Schimit, o mais antigo pioneiro vivo de Brasília. Responsável pela construção do Aeroporto Internacional da capital, ele e a mulher chegaram ao DF em 1956 e foram os primeiros moradores da Vila Metropolitana.

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