A artista plástica japonesa conhecida por dar um olhar de ficção científica à arte conteporânea, Mariko Mori está em Brasília para abrir sua exposição Oneness, que está pela primeira vez no país. Mariko alia tecnologia eletrônica e temas futuristas, pretendendo dar forma aos sonhos, fantasias e desejos das pessoas.
A exposição abre para visitação do público nesta terça-feira (25) e fica em cartaz na cidade até o dia 3 de abril no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Pela complexidade das obras (uma delas pesa mais de seis toneladas), a equipe de montagem da exposição está na cidade há mais de quinze dias montando as estruturas para abrigar o acervo.
A exposição apresenta dez trabalhos que ocuparão os espaços do CCBB, entre eles estão obras como o Wave Ufo, que é uma escultura grande, como uma espécie de cápsula capaz de acolher três pessoas por vez e que, por meio de computação gráfica, apresenta animações e sons para criar uma experiência inédita.
Também será exposto o trabalho que dá nome à exposição, Oneness. A obra apresenta um círculo de seis alienígenas confeccionados em technogel (material sólido com textura macia), que reagem aos toques dos visitantes, criando efeitos especiais. Outra obra que chama atenção é o Transcircle, que é um anel de nove pedras de vidro coloridas e brilhantes, controlado interativamente, em uma reinterpretação dos círculos de monólitos da pré-história.
De acordo com o curador da exposição Nicola Goretti, artista tenta buscar um recurso estilístico que muda constantemente e as obras têm como objetivo passar emoções ao público. ” Na Wave Ufo os visitantes passam por uma leitura das coordenadas mentais que apresenta um reflexo delas mesmas, sendo a obra mais intimista da exposição. No caso da Oneness quando as pessoas tocam e abraçam os alienígenas, eles batem o coração e respondem sensorialmente aos estímulos do público, passando uma mensagem de unificação e de amor ao próximo, tornado-a bastante emocionante”, exemplifica.
Nicola destaca que a obra de Mariko Mori é bastante voltada para as tendências da cultura pop observadas na década de 1990. Para ele as obras expostas são autoreferenciais e autoexplicativas. “As pessoas ficam fascinadas com o universo criado pela artista e acabam se interessando pelas obras que falam por si só”. Depois de passar por Brasília a exposição deverá ser recebida nos CCBB do Rio de Janeiro e de São Paulo, devendo passar todo o ano de 2011 no país.
Ainda de acordo com Nicola, o fato de Mariko ser reconhecida internacionalmente favorece o surgimento de projetos mais ambiciosos. “A artista está elaborando obras que serão construídas como monumentos em todos os continentes do planeta. O primeiro obelisco será construído em Okinawa no Japão e o segundo deverá ser construído no Brasil. Cada obelisco deverá comunicar-se com os outros, criando uma rede de comunicação”, antecipa.
Oneness – Exposição de Mariko Mori, a partir desta terça-feira (25) até 3 de abril, das 9h às 21h, no Centro Cultural do Banco do Brasil (Setor de Clubes esportivos Sul, Trecho 02). Informações: 3310-7087. Entrada franca. Não recomendado para crianças menores de seis anos, e menores de 16 anos, somente acompanhados pelos pais ou responsáveis. Os trabalho estão expostos no Pavilhão de Vidro e são restritos ao público máximo de 50 pessoas, que devem retirar os ingressos na bilheteria.
