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“Quando as Ruas Chamam”: Festival de Breaking exalta a potência do hip hop

Evento gratuito acontece até domingo (28), no Sesc Ceilândia e reúne dançarinos de todo o país, batalhas, graffiti e música para celebrar a cultura de rua

Alexya Lemos

26/09/2025 14h33

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Foto: Divulgação

Reconhecido como um dos maiores eventos de Breaking do Brasil, o Festival Nacional de Breaking “Quando as Ruas Chamam” chega à sua 9ª edição com uma proposta que une tradição, representatividade e inovação. Com entrada gratuita, o festival será realizado até domingo, 28 de setembro, no SESC Ceilândia. A realização é do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF), com apoio do programa Sesc + Cultura 2025.

Mais do que uma competição, o festival é um espaço de acesso, diversidade e inclusão dentro da cultura hip hop, promovendo atividades que vão além das batalhas de dança e alcançando diferentes linguagens artísticas e sociais. “É o hip hop na sua essência: acessível, vibrante, feito com paixão. O Breaking mudou a minha vida e a de muita gente. Poder realizar essa nona edição na Ceilândia, onde tudo começou pra mim, é um ato de resistência e celebração”, afirma Alan Jhone, o B-boy Papel, idealizador e diretor do projeto.

Batalhas, arte e pluralidade

Com seletivas realizadas em cinco estados — Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso e Distrito Federal —, as finais nacionais do festival vão reunir B-boys e B-girls de todas as regiões do país. Para ampliar ainda mais a participação, a edição deste ano também promoveu uma seleção por vídeos, iniciativa que, segundo a organização, garante visibilidade a dançarinos(as) que não teriam condições de participar das seletivas presenciais.

Além da dança, o evento investe em outras linguagens da cultura urbana. Destaque para o Concurso Virtual de Graffiti, que definiu a identidade visual do festival em 2025. O artista vencedor foi o grafiteiro Dan, de São Paulo, escolhido por voto popular entre três finalistas.

O festival contará com disputas em cinco modalidades:

Crew Battle (grupos)

1×1 Battle

B-Girl Battle (feminino)

Especial Battle (PcD)

Cypher Kings/Queens, uma categoria aberta a todos os presentes, valorizando a espontaneidade e a liberdade da pista

Programação celebra todas as idades

A abertura oficial acontece na sexta-feira, 26 de setembro, às 14h30, com a exibição do documentário “Hip Hop na Maturidade” e um debate com Pedrinho Festa (RS), criador do projeto Maturidade Urbana, que aborda o envelhecimento ativo e o protagonismo dos idosos no universo hip hop. A atividade conta com tradução em Libras, reafirmando o compromisso do festival com a acessibilidade.

Sábado e domingo, a partir das 14h, o Sesc Ceilândia será palco das batalhas em todas as categorias, além de performances livres nas Cyphers, apresentações da banda Groove Attak (DF), discotecagem com os DJs Batata Killa (SP) e Sapo (DF), e a condução do microfone por MC Uiu (SP). O corpo de jurados conta com a participação de Porteño (Argentina), Fanny (GO) e Pedrinho (RS).

Da Ceilândia para o Brasil

Para o B-boy Papel, nascido e criado na Ceilândia, realizar o festival em sua cidade natal é uma forma de retribuição e resistência cultural. “Aprendi tudo o que sei do Breaking na minha cidade, então nada melhor do que poder retribuir isso incentivando o turismo e mostrando para todo mundo como somos fortes não só na dança, mas nas artes de modo geral”, afirma.

Ele destaca também o papel do festival em desconstruir estigmas associados à região administrativa. “Esse evento é a verdadeira celebração do Breaking nacional e a Ceilândia merece ser o palco dessa festa. Nada mais justo”, completa.

Cultura que transforma

Com o Breaking prestes a estrear como modalidade olímpica, o festival também ganha novo significado dentro do cenário esportivo e cultural. “Hoje, não somos só uma dança do Hip Hop, nós participamos do evento esportivo mais importante, que são as Olimpíadas. Isso mostra a nossa força, uma dança que surgiu nos guetos dos Estados Unidos e que hoje está nos maiores palcos do planeta. O Breaking é transformador e é fácil ver quantas pessoas tiveram suas vidas mudadas por ele”, finaliza Papel.

26 de setembro (sexta-feira)

14h30 – Abertura oficial

Exibição do documentário Hip Hop na Maturidade

Palestra e debate com Pedrinho Festa (RS)

Tradução em Libras

27 e 28 de setembro (sábado e domingo)

A partir das 14h – Disputas em todas as categorias

Performances livres nas Cyphers

Show com Groove Attak (DF)

DJs: Batata Killa (SP) e Sapo (DF)

Apresentação: MC Uiu (SP)

9º Festival Nacional de Breaking “Quando as Ruas Chamam”
Onde: SESC Ceilândia – QNN 27, Área Especial, Lote B – Ceilândia Norte
Entrada gratuita

Eliminatória DF – 13 de setembro (sexta-feira)
SESC Ceilândia
A partir das 14h
Entrada gratuita

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