Neste fim de semana, Brasília recebe um dos maiores festivais LGBTQIA+ do mundo, a Festa da Lili. O evento, que será na Torre Digital, celebra 20 anos e contará com estrutura grandiosa e DJs internacionais.
A expectativa de público é de 5 mil pessoas, com participantes vindos de dentro e fora do Distrito Federal. Na sexta-feira (1º), acontecerá um esquenta de abertura para mostrar ao público o que esperar deste fim de semana agitado.
Sobre os obstáculos para a realização da festa, a criadora, Lili, conta que o maior deles é a falta de patrocinadores e o desafio de manter viva a essência do evento em um país onde a cultura LGBTQIA+ é invisibilizada. “Toda a megaestrutura que o público vê é possível exclusivamente pela venda de ingressos. A maior vitória é ter conseguido fazer tudo isso de forma independente, autêntica e com muito amor. Ver a comunidade crescendo junto com a festa é o nosso maior orgulho”, relata.
O impacto do festival vai além da música e da pista. “A Lili sempre foi um espaço de liberdade e de afirmação. Durante esses 20 anos, vimos a festa se tornar um ponto de encontro, de acolhimento e de transformação para milhares de pessoas. São histórias de amor, amizade, reencontros e descobertas”, diz Lili. “A festa é um símbolo de resistência, de visibilidade e de celebração da vida LGBTQIA+. E esse impacto continua crescendo. É muito mais do que música e pista: é sobre identidade, coragem e afeto”, explica.
O line-up desta edição histórica foi montado com atenção especial à diversidade e à representatividade. “Queríamos reunir DJs que representam a força da cena LGBTQIA+ brasileira e também trazer nomes que conectassem Brasília ao mundo. Por isso, convidamos o DJ israelense Tomer Maizner, que vem com uma energia incrível e uma sonoridade que tem tudo a ver com o que acreditamos”, antecipa a criadora. “Além dele, teremos outros DJs renomados e algumas surpresas que vão ser reveladas mais perto da festa.”
E o que torna a Lili tão especial? “A Lili é feita de dentro para fora. É construída com verdade, com identidade e com muito amor. Cada detalhe da festa — da cenografia à música, da recepção ao conceito — é pensado para que cada pessoa se sinta livre, acolhida e parte de algo maior”, afirma Lili. “Não é só sobre dançar: é sobre se encontrar, se expressar e viver um momento de conexão coletiva. Para quem nunca foi, meu convite é simples: venha de coração aberto. A Lili não é só uma festa — é uma experiência transformadora”, completa.
Em 2025, a Festa da Lili transcende a comemoração: é uma jornada sensorial, uma celebração da liberdade, da diversidade e da potência coletiva.
