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Cypher Brasil reúne a elite do breaking e consagra novos campeões em SP

Etapa nacional do Red Bull BC One destacou o talento, a diversidade e a força da cultura urbana brasileira

Tamires Rodrigues

06/10/2025 6h00

editred

Foto: Rodrigo Lima/JBr

O domingo (5) foi de pura energia na capital paulista. O Red Bull BC One Cypher Brasil 2025 tomou conta do Parque da Juventude e reuniu os melhores b-boys e b-girls do país em uma sequência de batalhas eletrizantes que definiram os campeões nacionais do maior campeonato 1×1 de breaking do mundo.

A etapa marcou um dos momentos mais intensos da temporada, reunindo nomes consagrados e novas revelações que movimentam a cena nacional. No ritmo do hip-hop, os participantes mostraram técnica, improviso e criatividade, transformando o evento em uma verdadeira celebração da dança urbana.

Com arquibancadas lotadas, o público acompanhou duelos cheios de estilo, emoção e identidade. A cada rodada, a vibração crescia, reafirmando o Brasil como um dos grandes polos mundiais do breaking — uma cultura que une gerações, ritmos e histórias em torno da resistência e da arte.

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b-boy Kley. — Foto: Divulgação

Entre os destaques da noite, o b-boy Kley protagonizou uma das finais mais intensas do evento. Em entrevista ao Jornal de Brasília, ele descreveu a emoção de conquistar o título. “Inacreditavelmente, porque pra mim foi uma final super desesperada. Desde o momento que eu cheguei, eu falei pra ele: ‘mano, eu quero batalhar contra tu’. E tinha que ser na final, porque se fosse na final, seria a melhor de todos os tempos, de todos os anos que já teve na Red Bull Brasil.”

No feminino, o brilho foi de b-girl Toquinha, que venceu uma das batalhas mais aguardadas do país e consolidou seu nome como um dos maiores da cena. Emocionada, ela falou sobre o peso da conquista e o impacto do resultado para o movimento feminino.

“Uma das batalhas mais esperadas do país? Não, a mais esperada, né, mano? A Red Bull BC One é a maior competição individual do mundo e do Brasil também. Tô muito feliz com o meu resultado. Me empenhei bastante nos treinos, tive que abdicar de coisas na minha vida pra viver o break e realizar o sonho de várias pessoas no Brasil. Hoje saio daqui vitoriosa e muito feliz.”

Agora, o foco da campeã está no próximo desafio, representar o Brasil nas etapas internacionais. “Treinar agora pro Mundial! Em 2023 eu ganhei a Cypher, passei pela Last Chance e fui a primeira brasileira a chegar lá. Esse ano, se Deus quiser e com muito esforço, vou estar novamente no Top 16 da final mundial. Partiu, Japão!”, completou.

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b-girl Toquinha. — Foto: Divulgação

Sobre sua técnica, Toquinha resume o que a move na dança. “Eu amo o que eu faço. Quando tô dançando, esqueço tudo. Só quero dançar e me divertir.”

Samuka, o vice-campeão que levou Brasília ao pódio

Representando o Distrito Federal, o b-boy Samuka foi um dos grandes nomes da noite e conquistou o vice-campeonato com performances marcadas por criatividade, energia e conexão com o público. A cada rodada, o brasiliense levantava aplausos e reforçava o protagonismo da capital na cena nacional.

“Tô me sentindo feliz, realizado. Sensação de dever cumprido, missão cumprida. O Kley levou esse, eu tô mais que realizado também. Antes do campeonato eu falei: ‘mano, esse ano é seu’, e graças a Deus foi. Tô feliz que vou ser bem representado, o Brasil vai ser bem representado.”

Samuka também destacou o amadurecimento do breaking brasileiro e o impacto das novas oportunidades para os dançarinos. “Graças a Deus, a cada ano que passa tem mais oportunidade pra galera sair, saca? Muita gente se organiza do próprio bolso pra ir. E é muito importante ter essa experiência lá fora, que é onde o nível é mais alto. A galera praticamente se capacita melhor quando tá lá. A gente tem muito potencial, muito talento. Basta a galera descobrir isso e meter as caras.”

A próxima parada do campeonato será a Final Mundial, marcada para novembro, em Tóquio, Japão, onde os vencedores da Cypher Brasil representarão o país na disputa pelo título global do Red Bull BC One 2025.

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