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Estreias de espetáculos teatrais para o fim de semana

Arquivo Geral

18/05/2012 9h43

Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

 

Uma mulher de meia idade, frustrada com os rumos que tomou sua vida, vive entre a linha tênue da fantasia e da realidade. Assim é Susan, personagem central de Isso É o que Ela Pensa, peça dirigida por Alexandre Tenório. É a primeira montagem brasileira de Woman in Mind, obra do dramaturgo inglês Alan Ayckbourn, um dos autores vivos mais traduzidos.divulgação

A estreia foi em São Paulo, em fevereiro, e chega agora a Brasília para uma temporada até o dia 10 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul), com apresentações de quinta a domingo.

Denise Weinberg é a responsável pela interpretação da protagonista, que divide a cena com um marido, um filho ausente, uma cunhada amargurada, um psiquiatra e mais quatro pessoas que só existem em sua mente. “Susan é um personagem fantástico. Uma mulher de 50 e poucos anos, repleta de dúvidas e questões que todos nós, quando chegamos a esta idade, costumamos nos fazer: ‘Será que tudo que eu construí na minha vida foi bacana? Formei uma família legal?’ Um balanço da vida mesmo”, conta a atriz.

Ilusão
A trama começa quando Susan cai no jardim e bate a cabeça. Desse momento em diante, ela passa a vislumbrar uma vida ilusória, com um marido atencioso e uma filha delicada. Um lar dos sonhos, totalmente diferente do que ela vive. “Na verdade, o filho dela entrou para uma seita e mantém uma relação péssima com a família; a cunhada que mora com eles é insuportável. Nada é como ela gostaria, por isso ela recorre ao sonho para fugir de tudo isso”, adianta Denise.

 

Para a atriz, a personagem é universal e essa é a maior razão para a peça ser considerada uma obra-prima do currículo do autor britânico. Apesar da carga dramática, a encenação é feita com humor e toda a história é contada de maneira extremamente leve, segundo Denise. Um espetáculo para fazer rir, chorar e pensar.

 

Uma mãe batalhadora

A atriz e comediante Cida Mendes dá vida a uma mulher simples, que deixa o campo com a família rumo à cidade grande, em busca de melhores condições de vida. A personagem está no monólogo Concessa Tecendo Prosa, em cartaz no Teatro Plínio Marcos da Funarte (Eixo Monumental), este fim de semana, sob a direção de Iolene de Stéfano.

divulgação“É uma dona de casa que conta a história dela na peça, uma história muito comum. Ela sai do interior para criar os filhos e tentar dar a eles uma vida melhor”, conta a humorista que, além de interpretar, é autora do texto. “Conversei muito com mulheres espertas, danadas, para fazer essa personagem, mas não busquei aquelas sofridas, coitadinhas, não. Procurei as que enfrentam os desafios da vida sem pessimismo ou tristeza”, diz ela.

Concessa foi criada há 14 anos e, segundo a atriz, tem evoluído nesta década de apresentações. “Eu vou numa cidade, escuto um caso e incluo. Alguém me conta outra coisa que se serve para mim e também coloco no espetáculo”, comenta ela, que revela que sua maior inspiração foi a própria mãe, que faleceu quando Cida tinha apenas 20 anos: “Ela era esse tipo de mulher que estudou pouco e criou os filhos se virando, com pouco recursos.”

 

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