Vencedora da terceira edição do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva, em 2009, a peça Jardim Suspenso estreia hoje no Teatro Plínio Marcos, onde cumpre temporada até o dia 30 de junho, com sessões diárias e gratuitas.
Jardim Suspenso discute as agruras de um amor impossível. O texto do dramaturgo português Abel Neves aborda a crise da sociedade burguesa e a impotência da condição humana por meio de uma história de amor.
No centro do enredo há Luzia, interpretada pela atriz Carla Chambel, que sofre o baque do casamento de Mateus, seu amado, com outra mulher. Abatida pela rejeição, Luzia resolve parar de se alimentar para não mais viver. E passa então a manter-se em jejum e a cultivar as lembranças desse amor em um jardim, o mote da história. O jardim japonês, que foi construído como um refúgio zen, vira palco de um desfile de sentimentos duros, reais e até mesmo nefastos.
A agonia da jovem é partilhada pela família da personagem, incapazes de transformar a situação. Somente sua avó, Mariana (Simone de Oliveira), consegue desmistificar o sofrimento da jovem.
A montagem oscila entre a tradição e a experimentação. A montagem brasileira constitui um laço de intercâmbio cultural da nação canarinho com Portugal. O diretor Brissos é um dos mais experientes portugueses em montar textos brasileiros para portugueses e vive-versa. Ele montou textos como A Dona da História, de João Falcão; A Partilha, de Miguel Fallabela; e O Submarino, de Miguel Fallabela e Maria Carmem Barbosa.
A iniciativa de estimular o intercâmbio entre os dois países foi promovida pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), a DGArtes, o Instituto Camões e do Teatro Nacional D. Maria (TNDM II.).
Serviço:
Jardim Suspenso – De hoje ao dia 30 de junho, sempre às 21h, com exceção do domingo, com sessão às 20h. No Teatro Plínio Marcos (Complexo Cultural da Funarte). Entrada franca, mediante retirada de senhas na bilheteria a partir das 16h. Não recomendado para menores de 14 anos.