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Viva

Em cartaz na cidade, duas iniciativas que estimulam o desenvolvimento do teatro local

Arquivo Geral

22/11/2012 9h00

Patrícia Fernandes

cultura@jornaldebrasilia.com.br

 

“Após a tempestade sempre vem a bonança”. O ditado popular assemelha-se a atual fase do teatro brasiliense. Isso porque após um período de crise enfrentado pelos profissionais da área, dois projetos fazem renascer a magia dos palcos.

 

Inserido nesse contexto está o Prêmio Sesc do Teatro Candango 2012, que tem como objetivo valorizar a atuação do artista local e disseminar a produção do Distrito Federal. A comissão julgadora escolheu sete companhias que podem conquistar prêmios de até R$ 6 mil.

 

Entre os espetáculos selecionados está Não Alimente os Bichos, da companhia Subsolo 59, que fala de um circo decadente onde vivem pessoas oprimidas. A peça independente faz parte da conclusão dos alunos do curso de Artes Cênicas da Universidade de Brasília (UnB).

 

Outra montagem selecionada foi Qualquer Coisa Como Um Ovo, da companhia Setor de Áreas Isoladas, que retrata um grupo de teatro que passa por uma crise criativa e financeira. A falta de patrocínio e ausência de público fazem com que os atores se unam para uma reflexão. Na vida real, o grupo resolveu encerrar sua trajetória nos palcos com um velório simbólico.

 

Para o diretor da peça, Diego Bressani, concorrer ao prêmio é uma ironia do destino e, ao mesmo tempo, uma grata surpresa. “Por ser nosso último espetáculo acreditávamos que seria um fracasso. Fizemos sem pretensão, mas de forma sincera e honesta. Isso contribuiu para essa conquista”, afirma.

 

Dramaturgia nas escolas


Com o objetivo de facilitar o acesso à cultura, estimular o potencial criativo e revitalizar o ensino das artes cênicas, a Fundação Athos Bulcão promove a 11° edição do projeto Teatro na Escola, que terá 10 apresentações no palco do Centro Cultural Banco do Brasil, de hoje a domingo. Ao todo, dez escolas de sete cidades do Distrito Federal participam do festival. Cada colégio apresentará uma peça teatral com textos clássicos da dramaturgia mundial e releituras de contos da literatura brasileira.

 

Para produzir os espetáculos foram ministradas oficinas dentro das escolas participantes sob a orientação dos professores de artes. Além disso, o festival conta com diversas atividades, como workshops de formação para os professores.

 

Para Nei Cirqueira, gerente do projeto, o foco é espalhar a cultura. “Todos os professores envolvidos recebem uma premiação. A ideia é difundir e não competir. E, acima de tudo, contribuir para a formação intelectual e humana dos jovens, ampliando a sua visão do mundo”, ressalta.

 

Ponto de vista

 

Segundo a atriz Ramayana Regis, que está nos espetáculos Não Alimente os Bichos e Malva Rosa , “a geração atual tem produzido excelentes projetos, porém o retorno não é o mesmo. É cada vez mais comum as companhias teatrais do DF conquistarem espaço em outras cidades para depois voltarem para Brasília.”

 

Programações


XI Festival de Teatro na Escola

 

Até domingo. No Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul). O horário varia de acordo com a programação disponível no site: bb.com.br/portalbb. Entrada franca. Informações: 3108-7600. Classificação livre. 

 Hoje, às 19h  Gang – Ou Um Certo Romeu e Julieta.  21h Os Sete Gatinhos.

 Amanhã, às 19h  A Capital Federal. 21h, Artaud, Macbeth e a Crueldade

 Sábado, às 16h  Marmelada. 18h,  Fios do Destino. 20h,  Tem Gente com Fome 

 Domingo, às 16h  ABC do Nordeste Flagelado. 18h, Seis Personagens à Procura de um Autor. 20h, Um Quatro Cinco.

 

Prêmio Sesc do Teatro Candango

 

Até dia 30 de novembro, com sessões sempre às 20h30, exceto no domingo e segunda (dia 26). No Teatro Sesc Garagem (913 Sul). Entrada franca.  Informações no telefone:  3445-4415. A classificação varia de acordo com a peça.

 Hoje,   Qualquer Coisa Eu Como Um Ovo. Não recomendado para menores de 16 anos.

 Amanhã,   Malva Rosa. Não recomendado para menores de 16 anos.

 Sábado,  Não Alimente os Bichos. Não recomendado para menores de 16 anos.

 Terça,  Entrevista com Ele. Não recomendado para menores de 16 anos.

 Quarta,  A História da Tigresa. Classificação livre.

 Quinta,   Mobamba – O Que Eu Sou Quando Sou Samba? Não recomendado para menores de 18 anos.

 Sexta,  Ensaio Geral. Não recomendado para menores de 16 anos.

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