Michel Toronaga
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Lembra de João e Maria, aquelas duas crianças que foram abandonadas pelos pais na floresta e encontraram uma tentadora casa feita de doces? Elas agora cresceram e se tornaram heróis. Distorcendo o conto original dos irmãos Grimm, existe muito mais ação e sangue no longa-metragem João e Maria: Caçadores de Bruxas, que estreia hoje nos cinemas.
Escrito e dirigido pelo norueguês Tommy Wirkola (responsável por uma infame paródia de Kill Bill), a adaptação traz Jeremy Renner (o Gavião Arqueiro de Os Vingadores) e Gemma Arterton (Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo) no papel dos irmãos que ganham a vida matando feiticeiras perigosas.
Sem poupar nos momentos sangrentos, o filme une comédia com perseguições eletrizantes. Não chega a ser uma produção de terror, mas a violência explícita (desmembramentos e churrasquinhos de bruxas) mostra que não é um conto da carochinha infantil. Mais precisamente não é recomendado para menores de 14 anos, de acordo com o Ministério da Justiça.
Algumas boas sacadas garantem risadas, como os armamentos que a dupla usa no trabalho. Mesmo sendo ambientado no passado, eles têm metralhadoras e até uma espécie de taser (aquelas máquinas que disparam choques). Tudo para combater as vilãs.
Na trama, João e Maria são chamados pelo prefeito de uma pequena vila para investigar o desaparecimento de crianças. Eles vão descobrir que muitas feiticeiras vivem nas redondezas e uma delas tem um plano maligno. Trata-se da poderosa Muriel (Famke Janssen, a Jean Grey da primeira trilogia X-Men).
Diversão
O filme consegue divertir por ser completamente despretensioso. Sem se preocupar em surpreender com uma história inteligente ou atuações memoráveis, a produção ganha o público pelo bom humor.
A maquiagem esquisita e a trilha sonora genérica (muito parecida com a de outros filmes) poderiam ser melhores. Uma coisa boa são as cópias em 3D. O lançamento aproveita bem o recurso, embora não seja indispensável para a diversão.