Menu
Viva

É a vez do cinema de garagem

Arquivo Geral

06/05/2013 8h05

Produções alternativas estão na moda, ganhando cada vez mais espaço em festivais pelo Brasil afora. A partir de amanhã, os cinéfilos brasilienses podem conferir – de graça – centenas de filmes que retratam a pluralidade do mundo underground, na 13ª edição da Mostra do Filme Livre (MFL).

 

Entre loucos por cinema e aventureiros que almejavam ter suas obras exibidas na MFL, a curadoria recebeu 742 filmes. Ao total, 163 foram selecionados, sendo dois deles de Brasília. Outros 70 foram convidados para compor a programação. “A intenção é que o público que gosta de cinema possa ter acesso à obras que não passam na televisão, tampouco entram em circuito comercial”, conta o idealizador Guilherme Whitaker.

 

Catalisador de obras

Ele ressalta que a produção da cidade ainda é pequena, mas não esconde a expectativa de mudar esse quadro em breve. “A ideia é que o festival fomente e incentive a produção local”, diz.

 

A MFL teve seu início em um momento delicado – grande quantidade de filmes sendo produzidos e quase nenhum lugar para serem vistos. A intenção era criar um ponto de encontro que catalisasse as produções. “Não queremos apenas exibi-los, mas ser também um lugar para reflexão”, explica o curador Marcelo Ikeda.

 

Novo olhar

Segundo ele, a análise dos filmes se dá sob quatro pilares: valores éticos, econômicos, políticos e estéticos. “Buscamos filmes que proporcionem um novo olhar ao mundo, que fujam do convencional e que façam o espectador refletir”, pontua Marcelo.

 

Este é o segundo ano da mostra em Brasília. “A curadoria trouxe a mostra para a capital para que haja discussão de produções de baixo custo, que não precisem de editais para serem realizados”, finaliza.

 

Curta-metragem brasiliense em cartaz

Em uma narrativa que foge do tradicional, a comédia A Caroneira é uma das representantes de Brasília na mostra.  A produção conta a história de uma fugitiva que vai se enveredar pelo crime em busca de vingança contra a mulher que roubou seu dinheiro e seu marido. Com direção de Otávio Chamorro e Tiago Vaz, o curta foi produzido no período de um ano, realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e com a ajuda de empresas locais. “É um grande orgulho ser parte desta mostra. A gente queria muito entrar e deu certo”, comemora Otávio.

 

Feedback e debate sobre o cenário indie

A grande novidade da Mostra de Filme Livre este ano é a criação do site do evento, que dará feedback de todas as obras inscritas. Para conferir, basta acessar filmelivrecuradoria.blogspot.com.

 

“Achamos que seria uma forma de ter um canal de diálogo com os cineastas. Assistimos a todos os filmes, sabemos o que é estar do outro lado e esperar um retorno”, justifica Marcelo Ikeda.

 

Bate-papo

Além dos filmes, a MFL – que nesta edição homenageia o cineasta mineiro Carlos Alberto Prates – também conta com debates livres, que prometem esquentar a discussão sobre exibição e produção independente. Amanhã, às 20h, acontece Mostrando Filmes Livres, com a participação de Adirley Queiros, Allan Ribeiro e Guilherme Whitaker.

 

Confira a programação:

Hoje

13h –  Buracos Negros, de Nana Maiolini

16h –  Zé do Pedal Acima da Terra e Abaixo do Céu, de Viça Saraiva e Márcio Garapa / Milonguita de Dos, de Julieta Zarza e Carlos Lascano / Navarro nas Alturas, de Chico Serra / A Obscena Senhora D, de Catarina Accioly / Quinquilharia, de Maurício Campos Mena

18h –  Crioulo Doido, de Carlos Alberto Prates Correia

20h –  Sob Luz e Sombras, de Julio C. Siqueira

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado