Andréia Castro
andreia.castro@jornaldebrasilia.com.br
John Hawkes é um grande ator. Prova disso é o inquietante Martha Marcy May Marlene (2011), filme em que rouba a cena no papel de um maníaco por sexo que é líder de uma seita hippie. Em As Sessões, conseguimos ver um outro lado do ator, que interpreta Mark O’Brien, um homem de 38 anos que contraiu poliomielite aos seis anos, doença que o deixou imobilizado do pescoço para baixo.
Virgem, o poeta e jornalista decide que é hora de finalmente mudar a situação e acaba contratando uma “sex surrogate” (pessoa contratada para manter atividades sexuais com o paciente). A terapeuta sexual escolhida é Cheryl Cohen Greene – vivida pela estupenda Helen Hunt.
Entrega
Ben Lewin dirige a produção com doçura, conseguindo alcançar o equilíbrio entre comédia e drama pedido pela história, baseada em fatos reais.
Destaque para a entrega de Helen Hunt, sobretudo nas cenas de nudez. O filme trata isso de uma maneira natural, sem pieguice. Hunt é conhecida por saber escolher muito bem seus papéis. E As Sessões é definitivamente um destes casos.
Curiosidades:
Vida real
O roteirista e diretor de As Sessões, Ben Lewin, também teve poliomielite.
O drama independente venceu o Festival de Sundance em janeiro.