Brasília recebeu, na última sexta-feira, a pré-estreia do filme Blood Money – Aborto Legalizado. O evento aconteceu no Espaço Itaú de Cinema Casa Park e teve a presença de David K. Kyle, diretor do longa que estará em cartaz, inicialmente, de sexta a domingo.
O documentário tem como objetivo expor o funcionamento da indústria do aborto nos Estados Unidos, onde a prática é legalizada há cerca de 40 anos. “O fato de o aborto ter sido legalizado não significa que ele esteja sendo feito de maneira segura e nem de maneira ética”, explica o cineasta norte-americano.
O filme conta com depoimentos reais de pessoas que trabalharam em clínicas de aborto e de mulheres que passaram pela experiência de interromper uma gravidez. Kyle comenta que mesmo que o movimento em favor da legalização do aborto se chame pró-escolha, muitas das mulheres do filme dizem que acharam que não existia outra solução.
Debate
Segundo o diretor, a produção busca também acender uma discussão aprofundada acerca do tema. “Em anos de eleições nos EUA, o debate sempre vem à tona, porém de maneira superficial. E, muitas vezes, com informações errôneas. O filme mostra a realidade de uma maneira muito crua e verdadeira”, afirma.
Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes, que possui os direitos de distribuição do documentário no País, afirma que o tema também merece ser discutido no Brasil. “O assunto precisa sair debaixo do tapete e ser tratado sem hipocrisia. Com informação, vidas podem ser salvas, tanto de mulheres quanto de crianças”, comenta Girão.