Andréia Castro
Especial para o Jornal de Brasília
Este final de semana reserva estreias de teatro para todos os gostos e bolsos. O premiado espetáculo 12 Homens e Uma Sentença, adaptação de um clássico do cinema de 1957, chega a Brasília amanhã(25) depois de dois anos em São Paulo. A peça é um drama jurídico, repleto de tensão e algumas surpresas.
Na trama, um júri de 12 homens precisa chegar a uma sentença unânime para executar ou absolver um jovem acusado de matar o pai. O conflito começa quando um dos jurados se posiciona contra o restante do grupo, a princípio decidido pela condenação.
“Nosso roteiro é um pouco diferente da versão para o cinema. São os atores que comandam os olhares da plateia. Nós vamos além da questão da culpa do jovem acusado, discutimos problemas da sociedade”, explica o diretor Eduardo Tolentino de Araújo.
Criada para um teleteatro na década de 1950, a obra tornou-se um dos mais famosos filmes de tribunal, sob a direção de Sidney Lumet. O ator Henry Fonda, recebeu uma indicação ao Oscar pelo trabalho. Na versão nacional está o ator Henri Pagnoncelli (em cartaz na novela Máscaras). “A peça faz um minucioso debate da lei. Durante o espetáculo, o espectador tem a impressão de estar assistindo à episódios de uma dessas séries forenses americanas”, revela Eduardo. Segundo ele, o público fica tenso e pregado na cadeira até o último minuto. “As reações do público são as mais diversas possíveis, mas a vibração é sentida em todos os palcos em que passamos”, garante.
A montagem foi muito bem recebida pela crítica paulista e já ganhou dois prêmios de melhor espetáculo (Associação Paulista de Críticos de Artes e Contigo) e duas indicações ao Prêmio Shell (diretor e ator, Norival Rizzo).
A peça fica na cidade até 9 de outubro, de quinta a sábado, às 21h. Domingo, às 20h. Sessões extras estão programadas no dia 8 de setembro, às 18h30, e no dia 9, às 17h30. No Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul). Ingressos: R$ 6 (inteira). Informações: 3108-7600. Não recomendado para menores de 12 anos.
Também em cartaz, Me Leva Pra Casa, de João Fábio Cabral, conta a história de um jovem casal que se encontra numa cena de despedida, após a morte da filha, vitimada por uma bala perdida. Apesar do amor em excesso, os dois não conseguem retomar a vida juntos. Sábado (25), às 21h, e domingo (26), às 20h. No Sesc Garagem (913 Sul). Ingressos: R$ 30 (inteira). Informações: 3033-2081. Não recomendado para menores de 14 anos
PARA RIR
A inusitada montagem A Porca Faz Anos!, da Cia Haribô, tem como mote mostrar os diferentes perfis que se repetem ao longo da história política brasileira. A peça combina humor e crítica, escândalos políticos reais, bastidores do poder, discursos autênticos de figuras públicas e a situação das classes média e operária. Sábado, às 21h, e domingo, às 20h. No Teatro Plínio Marcos da Funarte (ao lado da Torre de TV). Ingressos: sexta, R$ 10 (inteira) e sábado e domingo, R$ 20 (inteira). Informações: 3322-2076. Não recomendado para menores de 12 anos.
A companhia brasiliense Néia e Nando está com a peça CPI no Motel. A comédia relata as aventuras de Luiz Alberto, um deputado aparentemente honesto e trabalhador que foi denunciado pela própria esposa na CPI da Corrupção. Até 9 de setembro. Sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Na Escola Parque (307/507 Sul). Ingressos: R$ 30 (inteira). Informações: 8199-2120. Classificação livre.
