Menu
Viva

Comédia ao quadrado

Arquivo Geral

21/06/2013 9h20

Excelente timing para comédia. É o que melhor descreve o ator e humorista Paulo Gustavo (Divã), que estreia hoje a adaptação do monólogo homônimo Minha Mãe É Uma Peça. Dentre tantas comédias nacionais (boas e muito ruins), que têm lotado as salas de cinema brasileiras nos últimos anos, a história de Dona Hermínia é uma agradável surpresa, que rende risadas do começo ao fim.

Dirigida por André Pellenz, a trama acompanha uma mulher de meia idade, aposentada e sozinha, que tem como grande preocupação evitar que os filhos façam alguma besteira. Para levar o monólogo para as telonas, Minha Mãe dá rostos a figuras que são apenas citadas na peça, como os filhos Garib (Bruno Bebianno), Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Marcelina (Mariana Xavier); o ex-marido Carlos Alberto (Herson Capri) e a sua nova namorada Soraia (Ingrid Guimarães); e a Tia Zélia – vivida pela ótima Sueli Franco.

 

Encaixe perfeito

O longa começa quando Hermínia escuta o filho dizer ao pai que preferia morar com ele. Deprimida, ela decide passar um tempo na casa da tia, que a aconselha a esquecer um pouco da vida atribulada. Mas ela não consegue e, em vez disso, passa a contar várias histórias dos filhos, que rendem flashbacks hilários.

É uma estrutura simples, que se adapta como uma luva ao humor escrachado de Paulo Gustavo, que assina o roteiro com Fil Braz. Paulo Gustavo é um dos nomes de talento do humor nacional atualmente, e sua criação, Dona Hermínia, definitivamente merece uma sequência.

 

Entre o amor e violência

O Lugar Onde Tudo Termina, de Derek Cianfrance, é um filme do tipo “três em um”. O primeiro é sobre o personagem de um motociclista, Luke (Ryan Gosling), necessitado de dinheiro urgente quando descobre que a ex-namorada, Romina (Eva Mendes), teve um filho seu.

A segunda é sobre um policial, Avery Cross (Bradley Cooper), que conhece uma fantástica ascensão de carreira ao impedir um assalto a banco e matar o bandido na fuga. O terceiro é sobre dois adolescentes de mesma idade, que não deveriam ter se conhecido, mas mesmo assim se conhecem, se tornam amigos e depois antagonistas.

Ao contrário dos antigos aparelhos de som “três em um” esta história, contada em três módulos interligados, funciona muito bem. É uma história de amor e violência, e muito bem filmada.

 

Continuação Surpreendente

Sequência de Monstros S.A. (2001), Universidade Monstros não chega a ser superior ao original, mas o filme se esforça para encontrar uma nova história que faça jus a personagens que se tornaram muito queridos pelo público.

Na verdade, trata-se de um “prequel” – uma obra que mostra o que ocorreu cronologicamente antes dos acontecimentos do original. Aqui ficamos sabendo como Mike e Sulley, os protagonistas do primeiro filme, se conheceram no primeiro ano da Universidade Monstros.

A Pixar sempre trabalhou muito bem com a paródia de gêneros. Em Universidade Monstros, dirigido por Dan Scanlon, as citações ao universo tão americano dos filmes universitários estão em todo lugar: fraternidades, fortões, nerds, “losers” etc. Esse resgate irônico das convenções inspira belos momentos de humor.

 

Personagem faz falta

Em relação ao primeiro filme, falta a carga emocional dada pela relação entre Sulley e a menininha Boo – que rendeu uma das cenas finais mais tocantes do cinema recente. Mas não faltam humor nem amor ao cinema.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado