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Clube do Choro é reinaugurado com novos nome e estrutura

Arquivo Geral

06/11/2011 8h30

Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

Foto: Renato AraújoDois mil metros quadrados. Esta é a área construída da nova sede do Clube do Choro de Brasília, que será inaugurada nesta quinta-feira (10), às 20h, com o nome de Espaço Cultural do Choro. O novo endereço fica ao lado da antiga sede e foi projetado pelo ilustre arquiteto da capital federal, Oscar Niemeyer.

“Sofri um acidente de carro em 2004 e logo depois ele me ligou para saber do projeto, que  acompanhava pela TV e tinha ficado encantado com que fazíamos aqui“, conta Reco do Bandolim, presidente da instituição.  “Seis meses depois, o Niemeyer me deu o projeto de presente, numa reunião que tivemos no escritório dele no Rio de Janeiro”, lembra.

O antigo clube funcionou por mais de 30 anos em uma sede provisória, no Café-Concerto, que tem auditório para receber 250 pessoas. A estrutura da nova sala de espetáculos dispõe de 560 metros quadrados, para 420 pagantes. Toda climatizada, a sala tem espaço para 105 mesas de quatro lugares, palco, mezanino com cabines de som, luz e vídeo, além de bar, restaurante. Dois camarins no subsolo completam as mudanças.

Escola
Outra novidade é que o Espaço Cultural do Choro sedia, desde o início do ano, mesmo sem as obras concluídas – a previsão era que a área fosse entregue em 21 de abril de 2010, no cinquentenário da capital –, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, para receber mil alunos.

Entre as previsões, está a criação de um Centro de Memória e Referência do Choro, sob supervisão da Universidade de Brasília,  no lugar onde até a próxima quarta-feira funciona o Clube, com show gratuito do músico baiano Armandinho Macedo.

“Armandinho e Raphael Rabello me apoiaram na época em que a casa estava para ser fechada pelo GDF, fazendo shows sem cobrar cachê e com renda para as obras da antiga sede, que perigava ser desativada. Como o Raphael morreu, por essa gratidão, achei justo o convite, afinal, ele me ajudou a reerguer o Clube e manter este sonho vivo”, diz Reco.

Em 33 anos de vida, a instituição consagrou-se como  a mais tradicional do gênero no País e, dentro da sua programação, homenageou nomes memoráveis da MPB, como  Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e o maestro Heitor Villa-Lobos, num total de 1.500 shows, com a participação de 2.500 músicos, locais e nacionais.

Os números não param por aí. Em seus espetáculos, o clube, apesar do espaço reduzido, recebeu 500 mil pagantes, a ingressos acessíveis (R$ 20, a entrada inteira). “Não temos vocação empresarial. Lutei para que este clube existisse por sua importância cultural e histórica. Abandonei um cargo de superintendente na Radiobrás (atual EBC), quando assumi a presidência. Nossa intenção aqui nunca foi ganhar dinheiro. Os preços vão continuar os mesmos.”

Shows

Para a noite de inauguração do Espaço Cultural do Choro e encerramento das atividades do antigo espaço, o público será brindado com várias apresentações. Reco do Bandolim e seu grupo Choro Livre comandam a abertura, seguidos pelo show do bandolinista Armandinho Macedo. O encerramento fica com a Orquestra Mantiqueira, de São Paulo, que recriará sucessos do choro.

Até o ano que vem, as comemorações continuam com gente grande: o guitarrista Pepeu Gomes, o pianista João Donato e o multi-instrumentista Carlos Malta, além do bandolinista Danilo Britto, a Traditional Jazz Band e o grupo Cuba 7. Para 2012, o homenageado é o menino do Rio, autor de A Banda, pelo projeto Meu Caro Amigo Chico Buarque, o primeiro artista brasileiro vivo a ser celebrado no Clube do Choro.

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