O Festival do Rio 2025 revelou os títulos selecionados para a Première Brasil, principal vitrine do audiovisual nacional. Esta edição será a maior da história do festival no número de longas-metragens brasileiros, com 75 títulos. Ao todo, entre longas, médias e curtas-metragens, 124 obras compõem a mostra, que reúne estreias mundiais, clássicos restaurados, produções independentes e quatro séries brasileiras exibidas em sessões de gala.
A 27ª edição do Festival do Rio ocupará diversos espaços da cidade, incluindo o circuito comercial de cinemas, salas da Prefeitura e parques municipais. A sede do festival permanece no Armazém da Utopia, no Cais do Porto, com cinco mil metros quadrados, onde será realizada uma programação especial de debates e encontros com inscrição prévia online. O espaço também abriga o RioMarket, área dedicada a negócios do setor audiovisual, que reunirá centenas de profissionais do Brasil e do exterior.
Maior Première Brasil da história
Com 320 longas e 1.000 curtas inscritos, a seleção deste ano apresenta uma amostra ampla da cinematografia brasileira, incluindo filmes de diretores consagrados e novos nomes da cena nacional. Serão 48 títulos concorrendo ao Troféu Redentor, além de 76 obras hors-concours e 54 estreias mundiais.
A seleção está dividida em diferentes mostras, como Competição Principal, Novos Rumos, Retratos, Clássicos Restaurados, O Estado das Coisas, À Meia-Noite, Geração, além da estreia da mostra Especial Séries Brasileiras, com quatro produções exibidas em salas de cinema.
Formação de público e democratização do acesso
Seguindo a proposta de formação de público, o festival promoverá sessões com ingressos populares e debates com elenco e equipe dos filmes, principalmente no tradicional Cine Odeon – CCLSR, na Cinelândia. A ideia é fomentar a troca direta entre criadores e espectadores, ampliando o alcance do cinema nacional.
A programação também inclui coproduções internacionais com participação brasileira e uma curadoria especial sobre temas ligados à COP-30, dentro da mostra O Estado das Coisas.
O Festival do Rio é apresentado pelo Ministério da Cultura, Shell e Prefeitura do Rio, com patrocínio master da Shell via Lei Federal de Incentivo à Cultura e apoio especial da RioFilme, órgão da Secretaria Municipal de Cultura. A realização é da Cinema do Rio e do Ministério da Cultura / Governo Federal.
Programação da Première Brasil 2025
(Dividida por mostra)
Ficção
- A Vida de Cada Um, de Murilo Salles
- Ato Noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher
- Coração das Trevas, de Rogério Nunes
- Cyclone, de Flavia Castro
- Dolores, de Maria Clara Escobar e Marcelo Gomes
- Love Kills, de Luiza Shelling Tubaldini
- Pequenas Criaturas, de Anne Pinheiro Guimarães
- Ruas da Glória, de Felipe Sholl
- Quase Deserto, de José Eduardo Belmonte
- Virtuosas, de Cíntia Domit Bittar
- #SalveRosa, de Susanna Lira
Documentário
- Amuleto, de Igor Barradas e Heraldo HB
- Apolo, de Tainá Müller e Isis Broken
- Cheiro de Diesel, de Natasha Neri e Gizele Martins
- Honestino, de Aurélio Michiles
- Massa Funkeira, de Ana Rieper
- Meu Coração Neste Pedacinho Aqui – Dona Onete, de Mini Kerti
Novos Rumos
- Cartas Para…, de Vânia Lima
- Criadas, de Carol Rodrigues
- Espelho Cigano, de João Borges
- Eu Não Te Ouço, de Caco Ciocler
- Herança de Narcisa, de Clarissa Appelt e Daniel Dias
- Nada a Fazer, de Leandra Leal
- Timidez, de Susan Kalik e Thiago Gomes Rosa
- Uma em Mil, de Jonatas Rubert e Tiago Rubert
- Uma Baleia Pode Ser Destroçada Como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe Bragança (Hors-Concours)
Hors Concours
- A Conspiração Condor, de André Sturm
- Anos 90: a Explosão do Pagode, de Emílio Domingos e Rafael Boucinha
- As Vitrines, de Flavia Castro
- (Des)controle, de Rosane Svartman
- O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho
- O Homem de Ouro, de Mauro Lima
- Para Vigo me Voy, de Karen Harley e Lírio Ferreira
- Perrengue Fashion, de Flávia Lacerda
- Perto do Sol é Mais Claro, de Régis Faria
- Por Nossa Causa, de Sergio Rezende
- Querido Mundo, de Miguel Falabella e Hsu Chien
- Sexa, de Gloria Pires
- 90 Decibéis, de Fellipe Barbosa
Retratos
Inclui obras sobre figuras como Fernanda Abreu, Milton Gonçalves, Hyldon e Barão de Itararé.
O Estado das Coisas
Produções com temas sociais e ambientais, incluindo Pau d’Arco, Na Onda da Maré, Minha Terra Estrangeira e Reconhecidos.
Midnight Movies
- A Própria Carne, de Ian SBF
- Nosferatu, de Cristiano Burlan
- Quarto do Pânico, de Gabriela Amaral Almeida
Clássicos Restaurados
- A Mulher de Todos, de Rogério Sganzerla
- Gêmeas, de Andrucha Waddington
- Hermeto Campeão, de Thomas Farkas
Geração (infantojuvenil)
- Tainá e os Guardiões da Amazônia, de Alê Camargo e Jordan Nugem
- Quatro Meninas, de Karen Suzane
Séries Brasileiras (sessões de gala)
- Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, de Andrucha Waddington
- Ayô, de Yasmin Thayná
- De Menor, de Caru Alves de Souza
- Tremembé, de Vera Egito
Coproduções Internacionais
- La Quinta, The Black Snake, O Riso e a Faca
Curtas (divididos por mostra)
- Curtas Gerais: Alice, Miranha, Peixe Morto, Safo, entre outros
- Novos Rumos Curtas: Brasa, Klaustrofobia, Ponto Cego
- O Estado das Coisas Curtas: Réquiem para Moïse, A Tragédia da Lobo Guará
- Panorama Carioca de Curtas: Teia, Crônicas Marginais
- Hors Concours Curtas: Samba Infinito, Coração Bandeja
- Retratos Curtas: Eunice Gutman Tem Histórias, Marina Colasanti