O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro avança em seu objetivo de descentralizar o acesso à cultura, levando exibições, oficinas e debates a localidades periféricas do Distrito Federal. Nesta edição, além do tradicional Cine Brasília, o evento ocorre em Planaltina, Gama e Ceilândia, ampliando a participação do público e confirmando a demanda por programação cultural em regiões historicamente carentes de atividades do tipo.
As sessões itinerantes têm atraído especialmente jovens que raramente têm acesso a experiências culturais diversificadas. A proposta reduz distâncias físicas e simbólicas, contemplando diferentes realidades culturais dentro do DF e fortalecendo o sentimento de pertencimento.
Segundo a secretária adjunta de Cultura e Economia Criativa, Patrícia Paraguassu, a descentralização tem caráter transformador.
“A comunidade vem aderindo cada dia mais e nós fizemos uma campanha muito forte de mobilização junto às escolas. Trazer o cinema para as RAs é fundamental. Não é um gesto caridoso: é reparador, educativo e uma forma de cidadania”, afirmou.
“O Festival do DF está mostrando que cultura pública de qualidade se faz com presença — física e simbólica — nas cidades do Distrito Federal”, completou.
A experiência aponta para um futuro de consolidação do modelo itinerante como política cultural estruturante, com potencial para fortalecer talentos locais e reduzir desigualdades no acesso à arte. Para crianças e adolescentes, ver histórias nas telas que refletem suas próprias vivências amplia horizontes e inspira novas gerações a se tornarem protagonistas do audiovisual brasileiro.
Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)