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Cinema

Disputa entre O agente secreto e Manas agita prévia do Oscar

A escolha do representante nacional na categoria de Filme Internacional será revelada na segunda (15/9) e já gera embates acalorados

Tamires Rodrigues

13/09/2025 15h51

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Foto: Reprodução

O caminho do Brasil até o Oscar nunca é tranquilo, mas este ano a disputa tomou contornos ainda mais intensos. Seis produções foram selecionadas pela Academia Brasileira de Cinema para disputar a chance de representar o país em Los Angeles: Baby, de Marcelo Caetano; Kasa Branca, de Luciano Vidigal; Manas, de Marianna Brennand; O agente secreto, de Kleber Mendonça Filho; O último azul, de Gabriel Mascaro; e Oeste outra vez, de Erico Rassi.

Desde o anúncio, o favoritismo parecia concentrado em O agente secreto, que saiu de Cannes com quatro prêmios — incluindo melhor ator para Wagner Moura e melhor direção para Kleber Mendonça Filho. A força da obra, somada à trajetória internacional do protagonista, reforçou a impressão de que a escolha já estava praticamente definida.

Mas o jogo virou. Nos últimos dias, Manas ganhou protagonismo e passou a ser visto como adversário direto na corrida. A adesão de empresas brasileiras e a entrada do ator Sean Penn como produtor executivo deram visibilidade global ao longa de Marianna Brennand, surpreendendo críticos e movimentando debates nas redes.

O impasse se intensificou após a atriz Fernanda Torres — que brilhou em Ainda Estou Aqui e consolidou espaço histórico para o cinema nacional no último Oscar — manifestar entusiasmo com Manas. A reação do público foi imediata: parte celebrou a força do novo concorrente, enquanto outros a acusaram de enfraquecer a campanha de O agente secreto. Diante da repercussão, Fernanda tratou de equilibrar o discurso e também destacou sua curiosidade em assistir ao filme de Mendonça Filho.

A divisão entre as duas obras traz uma rara sensação de incerteza para a decisão que será revelada na segunda-feira (15/9). Entre a segurança de um título já consagrado internacionalmente e o frescor de uma produção em ascensão, a escolha da Academia promete marcar o início de mais um capítulo na tensa trajetória do Brasil rumo ao Oscar.

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