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Cinema

Às vésperas do segundo turno, Mostra traz documentários sobre as tensões políticas no país

48ª Edição do festival exibe “No Céu Da Pátria Nesse Instante”, “Intervenção” “E Ocupa Sp”, novos projetos de Sandra Kogut e Gustavo Ribeiro

Redação Jornal de Brasília

24/10/2024 5h00

Atualizada 23/10/2024 20h48

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Cena do documentário “INTERVENÇÃO”. – Foto: Divulgação

Com mais de 400 filmes, a seleção da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo tem títulos para todo o tipo de cinéfilo, inclusive para aqueles que estão atentos às eleições municipais e às discussões geradas a partir da disputa. Às vésperas do segundo turno em todo o país, o festival terá exibições dos novos projetos dos cineastas Sandra Kogut e Gustavo Ribeiro, isto é, “No Céu Da Pátria Nesse Instante, Intervenção” e “OCUPA SP”. À sua maneira, os três filmes retratam as tensões políticas vigentes nos últimos anos no Brasil, e convidam o espectador a refletir sobre sua relação com os espaços e a importância do processo democrático.

A seguir, conheça cada um dos projetos:

NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE

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Foto: Divulgação

Depois de passar por festivais prestigiados no mundo todo, a diretora Sandra Kogut lança NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE nesta sexta-feira (18), na Mostra. O documentário registra a corrida eleitoral de 2022, marcada por tensões, angústias e medos dos eleitores, assim como pela disseminação fake news e a ameaça latente à democracia, que ficaria ainda mais evidente nos eventos de 8 de janeiro de 2023.

Com depoimentos de personagens de todo o espectro político e imagens gravadas no calor do momento, Kogut faz do seu filme um documento importante sobre um momento emblemático da história recente do país, mas a partir da perspectiva de pessoas que geralmente não estão nos holofotes.

INTERVENÇÃO

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Foto: Divulgação

Já Gustavo Ribeiro volta sua atenção para tensões mais locais, mas nem por isso menos urgentes. Em INTERVENÇÃO, o diretor retrata a vida de moradores de Comunidades do Nove, da Linha e do Cingapura Madeirite, localizadas na Vila Leopoldina, que lutam pela urbanização, mas há anos enfrentam a resistência dos condomínios de luxo que estão ao redor.

O longa foi filmado ao longo de quatro anos, período no qual foi possível observar como a precariedade afeta a vida das pessoas em eventos cotidianos, como fortes chuvas, mas também na excepcionalidade de pandemia.

OCUPA SP

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Foto: Divulgação

Além de INTERVENÇÃO, Ribeiro também traz para o festival o filme OCUPA SP, projeto que propõe pensar a cidade de forma mais humana e gentil. Nascido de uma ideia original da produtora Ana Cláudia Streva, o documentário narra histórias de luta e resistência que evidenciam a importância de ocupar os espaços, especialmente para aqueles que historicamente são marginalizados.

Assim, Ribeiro registra diferentes propostas, que vão desde moradia e alimentação saudável até cultura e lazer, destacando as muitas possibilidades de transformação na cidade, mas sobretudo enfatizando como ocupar os espaços não é uma questão de privilégio, e sim um direito.

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