O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) foi inaugurado na noite de sexta-feira (12) com a exibição do longa O Agente Secreto, escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2026, na categoria de Melhor Filme Internacional. A edição de 2025 é considerada a maior da história do festival, com nove dias de programação, até 21 de setembro, e um filme a mais tanto na Mostra Competitiva Nacional quanto na Mostra Brasília.
“O Festival de Brasília tem uma influência muito grande no cinema brasileiro, desde o Cinema Novo. Isso não é para qualquer festival, é motivo de muito orgulho. Temos não só otimismo, mas a certeza de que será uma das melhores edições de todos os tempos”, afirmou Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
O secretário destacou ainda a requalificação do Cine Brasília, sede oficial do evento: “Temos um espaço restaurado, estruturado e com contrato de gestão duradouro, que garante políticas públicas de acesso ao cinema bem alicerçadas. Isso se reflete no Festival, hoje planejado com zelo e respeito ao cinema brasileiro.” Abrantes anunciou que a próxima edição será realizada de 11 a 19 de setembro de 2026.
“O Agente Secreto”
Escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar, o filme dirigido por Kleber Mendonça Filho retrata a escalada da violência política, a corrupção policial e a manipulação da informação pela imprensa durante o regime militar brasileiro. A trama acompanha Marcelo (Wagner Moura), professor universitário que precisa fugir de São Paulo para Recife, enfrentando vigilância até de seus vizinhos.
Com fotografia de tons sombrios e atmosfera de suspense político, o longa reúne um elenco estrelado, incluindo Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, João Vitor Silva e Luciano Chirolli. O filme tem 2h40 de duração e já conquistou quatro troféus no Festival de Cannes, incluindo o Prêmio da Crítica (Fipresci), o Prix des Cinémas Art et Essai, Melhor Ator para Wagner Moura e Melhor Diretor para Mendonça Filho. O longa estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro.
Além do Plano Piloto
A descentralização é uma das marcas desta edição. Além do Cine Brasília, o festival levará sessões a Planaltina, Gama e Ceilândia, com Mostra Brasília, Competitiva Nacional e Festivalzinho. Esses espaços também contarão com votação do júri popular, permitindo que o público participe da escolha da obra mais aclamada, destacou Sara Rocha, diretora-geral do Cine Brasília e do FBCB.
Programação extensa
Ao todo, serão exibidos 80 filmes em seis mostras: Competitiva Nacional, Mostra Brasília, Caleidoscópio, Festival dos Festivais, Coletivas Identidades e História(s) do Cinema Brasileiro. O Festivalzinho e sessões especiais completam a agenda.
A edição mantém a tradição de promover debates, seminários, homenagens, oficinas gratuitas e o Ambiente de Mercado, que conecta profissionais do setor audiovisual, fortalecendo a cena cinematográfica brasileira.
Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)