O assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos por jovens de classe média de Brasília foi o tema do curta Uma Noite por Testemunha, exibido nesta quarta-feira (28), no Cine PE. O curta do diretor Bruno Torres (que esteve como
ator em O Homem Mau Dorme Bem, exibido na terça-feira) foi muito aplaudido pela plateia. Com poucas palavras e imagens contundentes, o filme reconstitui os eventos da noite do crime que chocou o Brasil.
Sequestro de Wolney Atalla impactou o público ao revelar os meandros da indústria do sequestro e mostrar a Divisão
Anti-Sequestro de São Paulo em ação. A câmera do diretor acompanha os policiais durante estouros de cativeiro e mostra o drama ds famílias. Em um dos momentos mais chocantes, a polícia desenterra uma vítima morta mesmo depois de ter sido pago o resgate. Apesar do material explosivo, Atalla consegue manter a objetividade em seu registro e não cai nas armadilhas do sensaciolismo.
Oswaldo Montenegro fechou a noite de maneira radiante com Léo e Bia, um tipo de teatro-musical-filmado que mostra um grupo de jovens atores na Brasíla de 1973. O filme se passa todo no galpão em que se eles encontram e pequenos dramas individuais são encenados em meio aos ensaios do grupo. O longa ganhou o público pelos comentários bem-humorados, aforismos pertinentes e, claro, pela bela trilha sonora. Paloma Duarte lidera o jovem elenco, assumindo um papel inspirado pela flautista Madalena Salles, eterna parceira de Montenegro.
