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Cine Academia passa por reformas para melhorar o cinema

Arquivo Geral

28/04/2010 6h00

 

 

O Cine Academia é um ponto de encontro dos amantes do cinema desde sua inauguração em 1997. Aqueles que curtem produções mais artísticas e menos comerciais sempre buscaram o reduto para se refugiar do crescimento das grandes marcas de cinema de shopping. Com o tempo, o Cine Academia perdeu na qualidade do espaço físico o que causou transtornos para quem o frequenta. Depois de fechar as portas do Aeroporto, Cultura Inglesa e Deck Norte, o Cine Academia de Tênis volta ao começo. Apesar dos solavancos, ele dá os primeiros sinais de recuperação. Bom para os clientes, bom para os donos.

Entre os problemas a qualidade do áudio é o que mais incomoda os clientes. Bráulio Santiago é economista e adora a programação do Cine Academia. “Lá tem filmes que não passam em nenhum outro lugar”, disse. “Mas às vezes a projeção é muito escura, o som fica baixo demais. Já reclamei várias vezes, mas quando aumenta fica pior”, observa. O problema da qualidade do som do cinema não se restringe ao Cine Academia.
De acordo com Patrick Jongh, engenheiro de áudio formado nos Estados Unidos e com experiência no Universal Studio, a situação do Cine Academia é alarmante, porém ele não é o único da cidade que enfrenta dificuldade. “São poucos os cinemas que fazem algum tipo de manutenção no sistema de som. O Embracine ainda consegue manter uma qualidade de áudio. O Cine Academia, entretanto, tem caixas estouradas e outros problemas técnicos”, observa o engenheiro. A administração do local, no entanto, afirmou que um técnico faz uma regulagem do som com frequência e que às vezes acontece de não ficar perfeito.

Eduardo Gomes trabalha no ramo de audiovisual e elogia os filmes exibidos no cinema, mas não gosta de lembrar de sua última experiência no cinema com a exibição do longa “500 Dias Com Ela” em que a projeção estava ruim. “Quem vai ao academia quer filmes diferente, e é a única opção da cidade para tal”, pondera. As reformas, no entanto, vem para mudar essa realidade e recuperar o espaço que possui clientes cativos. Contudo, Donatella Farani faz um apelo: “as pessoas também precisam ser mais cuidadosas e educadas. Têm gente que joga lixo no chão, apóia os pés nas poltronas, entre outras coisas. É preciso que cada um faça sua parte para manter o Cine Academia um local agradável, nós fazemos a nossa, mas dificulta quando as pessoas não têm respeito”.

Conforme explicou a diretora a família Farani cuida do cinema porque gosta e tem amor pela sétima arte, mas não dependem dele para sobreviver. “Poderíamos fechar se quiséssemos. Só que não queremos, pois gostamos de cinema de qualidade e gostamos de oferecer um espaço de debate e cultura para os brasilienses”, salienta Donatella Farani. “Somos um cinema pequeno e privado, não pertencemos a nenhuma cadeia nem é o nosso desejo. Lógico que qualidade é importante para nossos clientes, mas não se pode comparar com os grandes cinemas internacionais. Não temos essa intenção”.

 

 

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