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Cidade recebe documentários no festival É Tudo Verdade

Arquivo Geral

10/04/2012 8h26

Michel Toronaga
michel.toronaga@jornaldebrasilia.com.br

divulgação

Longe das histórias de ficção está um tipo de cinema que procura mostrar o que acontece na vida real. O É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, chega este ano a sua 17ª edição e continua sendo a melhor opção para os cinéfilos que apreciam o gênero. Depois de ter passado por São Paulo e Rio de Janeiro, o evento aporta na capital hoje exibindo, gratuitamente, 12 produções até domingo, no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul).

 

A edição de Brasília é um compacto da original (de São Paulo e Rio de Janeiro) e inclui as produções vencedoras das mostras competitivas internacional e nacional: Planeta Caracol, do coreano Seung-Jun Yi; e Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz, de Joel Pizzini. O filme asiático conta a sensível história de Young-Chan, que perdeu a visão e a audição ainda na infância. Ele encontra o amor ao se casar com Soon-Hoo, uma mulher de estatura baixa. Juntos, vivem experiências sensoriais que vão desde abraçar árvores até sentir o toque dos dedos.

 

Já o nacional fala do cineasta Rogério Sganzerla e seu processo criativo. “O festival teve um alto número de títulos inéditos, 25 no total, em 80 filmes”, comemora Amir Labaki, crítico e curador do É Tudo Verdade. Ele destaca o retorno à circulação de Cabra Marcado para Morrer, longa dirigido por Eduardo Coutinho, em 1984, e que ganhou agora uma cópia restaurada pela Cinemateca Brasileira. Coutinho, por sinal é um dos homenageados desta edição.

 

Sobre a distribuição e público que assiste a documentários, Labaki acredita que o cenário está melhorando. “Os espectadores começam a ter a real possibilidade de encontrar documentários nas salas de cinema. Hoje há quase sempre ao menos um documentário brasileiro ou internacional em cartaz. Quando criamos o festival, há 17 anos, era raríssimo isso acontecer”, compara.

 

Diferentemente do que se pode imaginar, muitos documentários não são formados por monótonas colagem de entrevistas e Labaki acredita que os brasileiros sabem disso. “Creio que o público sabe que o documentário é estilisticamente tão variado como a ficção, quando não mais. Na seleção deste ano em Brasília, basta, por exemplo, visitar as obras de Andrés Di Tella, com sua complexa articulação de materiais diversos”, recomenda ele, citando o cineasta argentino que ganhou uma retrospectiva formada por três longas-metragens inéditos no Brasil.

 

É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários – De hoje a domingo, no cinema do Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul). .Informações: 3108-7630. A classificação indicativa varia de acordo com o filme.

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