Camila Maxi
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Um ano após a morte do príncipe maranhense, são comemorados os 50 anos do Boi de Seu Teodoro com direito a dois dias de festejo gratuito. Vai ser hoje e amanhã, a partir das 16h, no Centro de Tradições Populares (Quadra 15, Sobradinho). “Não poderíamos deixar passar em branco esta data”, diz Guarapiranga Freire, filho caçula do mestre e coordenador da festa.
Cerca de 22 atrações promovem a musicalidade do evento. Entre os participantes está Ellen Oléria, vencedora do reality show The Voice Brasil, junto de sua banda PretUtu, o grupo Pé de Cerrado, a bateria da escola de samba Bola Preta de Sobradinho e os maranhenses do Papete e Banda. “Acho digno poder participar de uma festa tão bonita como esta. Seu Teodoro estará conosco nesta celebração. Ele é nosso guardião cultural”, diz Ellen Oléria.
O festejo se tornou tradição na capital federal e surgiu da união entre duas paixões de Seu Teodoro: o Maranhão e a cultura. Impulsionado pela saudade de sua terra, em 1963, Teodoro Freire trouxe o Boi para Brasília. “Ele foi um braço forte vindo do nordeste com seu Boi tão expressivo”, elogia a cantora.
O salão onde será realizado não comporta um público grande, por isto diversas tendas foram montadas para que o maior número de pessoas seja abrigado. Haverá também uma área de alimentação e um local reservado para a criançada, com direito a pula-pula, roda de capoeira e animações circenses.
Desejo de cultura
O amante das pequenas felicidades deixou um legado cultural aos seus familiares, amigos e remanescentes, que se firmou como tradição no solo candango. Guarapiranga revela a fórmula do pai que o transformou em um grande idealizador: “Cultura não se faz apenas com dinheiro, mas também com vontade no coração e muito prazer. E ao longo de sua vida ele agiu assim.”
Guarapiranga conta que sua passagem foi devidamente valorizada. E que Teodoro será sempre lembrado. “Estamos preservando suas tradições da forma como ele queria. Temos respeito por sua figura”, explica. Ellen Oléria frisa a influência cultural do Mestre e admite: “Teodoro é uma das cores do nosso arco-íris, tendo em vista que o DF é um encontro de tantas tradições e rico em formas de representações culturais.