Menu
Viva

Cara nova para o Festival de Brasília

Arquivo Geral

18/05/2011 15h03

Foto: Josemar Gonçalves

Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

R$ 250 mil. Este é o valor do prêmio que será pago pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal ao vencedor de melhor longa-metragem da Mostra Competitiva do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro a partir deste ano. Este foi um dos anúncios que o secretário de Cultura do Distrito Federal Hamilton Pereira fez na manhã de ontem, no foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro. A bagatela vem disputar de igual para a igual com o prêmio pago ao primeiro colocado do Festival de Paulínia (SP). Há mais de uma década, o valor era de R$ 80 mil.
Outra novidade foi a antecipação da data do evento, que anteriormente acontecia nas duas últimas semanas de novembro, para 26 de setembro a 3 de outubro.

“O adiamento do festival para os últimos meses do ano só vinha acontecendo em função da dificuldade de realizá-lo e pela falta de condições que o Cine Brasília apresentava para receber os filmes e o público”, explicou o atual coordenador geral Nilson Rodrigues, ex-presidente da Agência Nacional de Cinema e por quatro vezes diretor do festival na década de 1990.

O Cine Brasília, casa do festival, segundo o secretário de Cultura, já foi impermeabilizado e a reforma geral já foi iniciada. “Até a data o local estará pronto para receber o público. Quanto à reforma externa e do entorno, esta será concretizada após a realização da 44ª edição do festival”, garantiu Hamilton Pereira.

Aliás, este foi outro dos anúncios feito pelo secretário: a nova curadoria. Ponto que gerou confronto com associações e grupos ligados ao movimento audiovisual da cidade, como a ABCV, Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo e a Pró-Cine, que ali se fez representar pelo cineasta Vladimir Carvalho.

 

 Os representantes questionaram a falta de participação nas tomadas de decisão apresentadas pelo governo e a total ausência de representatividade, na opinião deles, junto à comissão formada pela Secretaria de Cultura para compor a curadoria do festival.

 

“Gostaríamos de pedir um novo encontro com o senhor para colocar os pontos apresentados e que não concordamos, como, especialmente, a falta de representação. A escolha desta curadoria não é o que se possa chamar de exercício democrático”,  considerou Vladimir Carvalho.

 

Sinais de declínio

 

A nova curadoria também extinguiu o critério de ineditismo para definir as inscrições. “O festival apresentava sinais de declínio e precisamos dar essa guinada para recolocá-lo no lugar que já teve, de principal festival de cinema do País”, ponderou Hamilton Pereira.

 

 Aliado a isso, os organizadores planejam exibir simultaneamente os filmes da Mostra Competitiva e das demais mostras paralelas em outras três cidades do Distrito Federal: Sobradinho, Ceilândia e Taguatinga.


Além do plano piloto

“Com isso pretendemos cumprir o objetivo da nossa gestão e do governo Agnelo Queiroz de democratizar o acesso da população a todos os eventos culturais promovidos na cidade. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro não é só do Plano Piloto, mas de todo o DF”, acrescentou.

 

Ainda nesse sentido, também foi flexibilizado o suporte dos filmes. Anteriormente, na disputa dos seis melhores longas só entravam aqueles realizados em película, tanto que havia a Mostra Digital e a Mostra Competitiva em 35mm para delimitar as especificidades. Nesta edição não haverá mais esta divisão. Os filmes serão julgados entre curtas e longas, independentemente do suporte.

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado