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Viva

Capital homenageada em película

Arquivo Geral

18/09/2012 10h00

Mariana Vieira

Especial para o Jornal de Brasília

Quando o então candidato à presidência da República, Juscelino Kubitschek, prometeu em campanha a mudança da capital e a construção de uma cidade inteira em cinco anos, muita gente duvidou. Hoje, aos 52 anos, Brasília tem sua própria filmografia, “que é fundamental para entender as decisões do estadista que conseguiu construir uma nova capital”, diz Berê Bahia, responsável pela seleção dos oito documentários históricos que compõem a Mostra Brasília 5.2, que começa hoje, às 17h, na Sala Alberto Nepomuceno  do Teatro Nacional. As sessões também acontecem amanhã e quinta-feira, sempre com entrada franca.divulgação

A pesquisadora de cinema mapeou a produção cinematográfica no Distrito Federal desde o começo, que resultou no catálogo Brasília 5.2 – Cinema e Memória, que seria lançado no próximo sábado, mas foi adiado para depois do término do evento, ainda sem data marcada.

Na obra, um capítulo intitulado É Tudo Verdade reúne histórias e curiosidades das primeiras pessoas que registraram a cidade em vídeo. Berê conta que os irmãos Sálvio e José Sílvio, cinegrafistas oficiais de JK, deixaram 25 minidocumentários do período da construção da capital, três deles selecionados para a Mostra Brasília 5.2. O mais antigo deles é o Cinejornal Brasília Número 4, filmado em 35mm em 1957, na ocasião da visita do então prefeito de Nova York, Robert Wagner, às construções da nova capital. Recebido no aeroporto por Israel Pinheiro e Bernardo Sayão, eles visitaram a Cidade Livre, o Catetinho e diversas obras. O vídeo se encerra com a participação dessas autoridades em solenidade cívica de comemoração ao Dia da Bandeira.

 

CONSTRUÇÃO
“Essa mostra é um recorte de filmes específicos que mostram vários olhares sobre a edificação da cidade e as consequências sociais desse processo”, explica Berê. Mas nem todos os filmes são necessariamente daquela época: dos anos 2000, constam Poeira & Batom (2010), de Tânia Fontenele.

A diretora contou com depoimentos de 50 mulheres que chegaram entre 1956 e 1960, para ajudar a construir a cidade que simbolizava o moderno e a inovação na educação, nas relações sociais, na arquitetura, nas artes. Para Berê, esta mostra é essencial pra o brasiliense, “A própria cidade precisa ver o que foi feito aqui, sua própria história”.

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