Camilla Sanches
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Os jovens brasilienses têm um ótimo programa esta noite com um evento pensado especialmente para eles. Trata-se da festa Calourada Brasília, no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental), às 20h. Em cartaz, os grupos O Teatro Mágico, 3 Temores e Serjão Loroza & Us Madureira.
Liderado pelo vocalista Fernando Anitelli, os paulistas do O Teatro Mágico lançam o novo álbum, A Sociedade do Espetáculo, o terceiro da carreira iniciada em 2003, em Osasco. “A ideia de montar a banda surgiu pelo convívio e frequência aos saraus”, diz o idealizador do projeto. Segundo ele, o intuito era ampliar o conceito de sarau. “Queria várias manifestações artísticas dialogando juntas no mesmo palco”, afirma.
Anitelli convidou os músicos Rafael dos Santos, Willians Marques, Luiz Galldino, Fernando Rosa, Silvio Depieri e Daniel Santiago e os artistas circenses Andréia Lamego, Wallace Alcantara, Mateus Bonassa, Tânia Aguiar e Andrea Barbour. Hoje, eles viajam pelo País com essa mistura de música, circo, teatro, literatura, poesia e cancioneiro popular e atraem cada vez mais plateias, sobretudo pelo contato com os fãs via internet.
De acordo com o vocalista, a relação honesta e transparente com o público é o tesouro do grupo. “Esse é o nosso DNA. Utilizamos a internet para criar esta ponte, por ser uma plataforma democrática e criar uma força colaborativa muito grande.”
A colaboração entre público e banda é tão intensa que até uma canção brotou da parceria. Trata-se de O Que se Perde Enquanto os Olhos Piscam, escrita com a ajuda dos fãs via Twitter. Fernando Anitelli lembra que estava em frente ao computador e que pediu palavras aos seguidores no microblog, como objetos que a gente perde sem perceber e sentimentos que perdemos sem poder perder. Trecho a trecho, palavra por palavra, a letra foi sendo composta.
As duras críticas do rap
Além dos meninos de Osasco, outros três paulistas sobem ao palco. São os 3 Temores, grupo dos rappers Emicida, Projota e Rashid, que se apresentam juntos pela primeira vez em Brasília. “Fizemos um show em São Paulo, ano passado, e decidimos fazer a turnê, que tem 15 shows previstos”, diz Projota.
Ele e Rashid são amigos de infância e conheceram Emicida nas batalhas de MCs. Para ele, o rap surgiu como um novo caminho. “Eu ouvia Racionais (MCs) e queria ser igual a eles, falar o que falavam para outros moleques.”
A inspiração para as músicas está na comunidade, no cotidiano, nas dificuldades e nos relacionamentos amorosos. “Me inspiro a cada sorriso ou lágrima”, confessa. “Escrevo sobre um amor que estou sentindo ou uma revolta contra a sociedade.”
A toada sambista e carioca da festa fica com Serjão Loroza & Us Madureira, com repertório do primeiro CD/DVD Loroza & Us Madureira Ao Vivo. Outra atração é a banda Disparates, vencedora da seletiva de grupos universitários, por meio de votação no Facebook.
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