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Viva

Brasilienses prometem engrossar público do Rock in Rio

Arquivo Geral

23/09/2011 8h00

Camilla Sanches

camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

 

Dez anos depois, eis que chega o grande dia para os brasileiros amantes da música. É que hoje começa, no Rio de Janeiro, a quarta edição do Rock in Rio. E os brasilienses, que aguardaram ansiosos por este momento, estão prontos para embarcar rumo à Cidade Maravilhosa. A reportagem do Jornal de Brasília encontrou fãs que fizeram de tudo para enfrentar a maratona da grande festa da música.

 

A estudante de Pedagogia Priscila Oliveira, 22 anos, por exemplo, comprou os ingressos assim que as vendas foram abertas pela internet. “Paguei R$ 110 pelos ingressos, incluído o valor do frete”, conta. Sobre o preço, ela comenta: “Razoável. Para o valor de meia-entrada, achei bom”. Roqueira, a universitária ficou animada para ir ao show da banda Metallica, neste domingo. “Comecei a curtir a banda aos 13 anos, quando entrei em um grupo de metaleiros. Amigos meus faziam cover da banda e passei a gostar do som deles.”

Além da banda preferida, a moça vai assistir aos shows de Angra e Tarja. “Só conheço estas três, mas vou curtir todos os artistas possíveis.” 

 

Heavy metal

 

Consultor de web, Ragnar Paz, 32 anos, também vai prestigiar os metaleiros. “Curto Metallica, mas juro que vou muito mais pelo Motörhead, principalmente depois do show que teve aqui, em Brasília, no primeiro semestre”, explica. “E sempre é muito legal rever Sepultura”, garante. Paz vai ao Rock in Rio com a mulher, Ana Lúcia Oliveira. “Eu curto todos os estilos de rock. Acho que já fui em quase todos os shows das grandes bandas de heavy metal, tenho uma veia metal pesado pulsando”, diz.

 

A relação com o estilo musical e as bandas de referências começou ainda na adolescência. “Gosto dessas bandas, desde o início dos anos 1990. Passava clipes toda hora na TV e foi o momento que o ritmo teve um grande boom”, observa ele.

 

“Fui em um show do Metallica, em 1993, em São Paulo. E em um do Motörhead, este ano, em Brasília. Foi muito bom. Me cativaram pela simpatia e o ótimo show. Já aos shows do Sepultura, acho que fui a pelo menos umas cinco ou seis apresentações.”

 

Roqueiros de Plantão

 

O publicitário Robson Abreu, 30 anos, revela que toca guitarra desde os 13 anos por causa do Metallica. Além dos norte-americanos da banda, o rapaz quer ver o Slipknot. A saga de Abreu para conseguir as entradas do grande dia é digna de ser contada. “Foi uma novela”, adjetiva. “Consegui meu ingresso comprando de um amigo, que ganhou de presente de Natal, no trabalho, e desistiu de ir. Só fui saber que ele tinha o ingresso aos 45 minutos do segundo tempo, no último dia para trocar o Rock in Rio Card para o dia das atrações que gostaria de ver”, narra. Se não trocasse naquele dia, o publicitário correria o risco de não conseguir “vaga” no dia do rock, que ele tanto almejava. 

 

“Foi assim: depois de descobrir que os ingressos estavam esgotados, saí procurando na internet quem estava vendendo. Passados alguns dias, o mais perto que achei foi um cara que estava vendendo a R$ 800, em Anápolis (GO)”. Mas, o universo conspirou e, no mesmo dia em que encontrou o ingresso mais barato, ele foi almoçar com o tal amigo. Ao comentar sobre a caça pelas entradas, foi surpreendido: “minha filhinha acaba de nascer e não estou mais empolgado para viajar”. Pela amizade, o colega sortudo e bondoso cobrou apenas o preço normal do ingresso, R$ 200.

 

Programação

 

Criticada pelos mais conservadores do rock’n’roll, a programação do festival foi definida pelo fã Ragnar Paz como “extremamente variada”. “Creio que atenda a todos os gostos. Falando popularmente, tem para todo mundo”, diz enfatizando que essa é a essência do Rock In Rio. “Tradicionalmente, eles fazem uma grande mistura de todos os estilos, tentando dar uma filtrada só por gêneros musicais. Na primeira edição, a mistura entre as atrações e os estilos era ainda maior”.

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