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Brasiliense na teia do Aranha

Arquivo Geral

13/05/2013 8h48

Um dos blockbusters mais aguardados do cinema terá uma pontinha direto de Brasília. Por meio de um e-mail, o artista plástico Fernando Carpaneda foi convidado pela Columbia Pictures para participar de O Espetacular Homem Aranha 2. Ele, sem dúvidas, aceitou a proposta.

 

Ao total, sete esculturas suas especialmente criadas para a super produção aparecem no filme. Elas retratam punks, gays e roqueiros; e poderão ser vistas em uma cena em que estão Peter Parker, o Homem-Aranha, interpretado por Andrew Garfield; e a mocinha Gwen Stacy, papel de Emma Stone.

 

No set

Enquanto os dois personagens andam por uma feira de arte, aparecem diversos trabalhos de artistas também convidados para produzir peças exclusivas para a filmagem. As esculturas de Carpaneda são feitas com argila. Demorou cerca de 30 dias para finalizá-las. “Estou ansioso e curioso para ver o filme”, conta Carpaneda.

 

Nascido em Taguatinga, Fernando já desenhava e pintava desde criança. Aos 13 anos, fez sua primeira exposição e, desde então, nunca mais parou. O ser humano e o mundo underground são fontes de inspiração nas quais o artista bebe. 

 

Atualmente ele mora em Nova York. Mudou-se pela dificuldade em conseguir espaço para expor suas obras. “Minha trajetória em Brasília sempre foi difícil por conta do foco político e figurativo presente em meus trabalhos”, justifica.

 

Identidade

Durante o processo de criação, Fernando utiliza fotos e desenhos para compor os trabalhos. Cada obra carrega um pouco dele, no sentido literal mesmo. Carpaneda usa o próprio cabelo para ornamentar as peças. Tecidos e madeira também são materiais usados. Ele mesmo costura as roupas dos bonecos.

 

Obras com mensagens

Ávido por expressar questões sócio-culturais, o brasiliense produz obras carregadas de impacto. E também um tanto polêmicas. Um exemplo é a escultura Bolsonaro’s Sex Party, que ele levou quase um ano para criar.

 

O artista plástico esculpiu seis figuras de argila no interior de uma caixa de madeira, retratando uma orgia homossexual dentro do Congresso Nacional. 

 

“Usei como foco principal as declarações homofóbicas e racistas do deputado Jair Bolsonaro contra negros e gays, que são pessoas inocentes e alvo de discriminação racial e chacota dele”, explica.

 

Ativista

Em meio ao preconceito desbravado, Fernando ressalta a importância de ações de combate. “Os gays no Brasil devem se unir, se informar sobre as leis e se tornarem políticos também”, opina. “Quanto mais políticos gays tivermos dentro do Congresso, melhor. Desta forma quebraremos barreiras e implementaremos novas leis que protejam a comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTs)”, comenta.

 

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