Clara Camarano, com Agências
A capital federal entrou definitivamente no circuito de shows internacionais e, neste fim de semana, traz duas apresentações gringas. O ex-Supertramp Roger Hodgson e o saxofonista e clarinetista cubano Paquito D’Rivera, em companhia dos brasileiros do Trio Corrente, animam o brasiliense com muito rock’n’roll e jazz “abrasileirado”, respectivamente. Para os fãs de música sertaneja, o goiano Cristiano Araújo completa a programação.
São 64 anos, sendo 45 de carreira. E uma performance que desafia o tempo. Conhecido pelos seus altos agudos e por fundar o Supertramp em parceria com Rick Davies, no ano de 1969, o inglês Roger Hodgson é um dos precursores do rock progressivo. O músico chega a Brasília para apresentar canções que o eternizaram em show hoje, às 21h30, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental).
Fã de Roger desde pequeno, o engenheiro civil João Ricardo Stefanini, de 25 anos, já garantiu seu ingresso e está bastante empolgado para o show. Apaixonado pelo gênero tocado pelo ídolo, ele fala da sua expectativa para hoje à noite. “É um cara lendário, que deu o tom do rock progressivo. Gosto desde sempre e tenho três CDs. O show será fenomenal”, explica.
Cuba é aqui
O cubano Paquito D’Rivera mora nos Estados Unidos desde 1981, quando deixou a mulher e o filho para viver uma liberdade que a política de Fidel Castro não lhe permitia. O saxofonista e clarinetista está no País para fazer uma série de apresentações pelo País com o Trio Corrente, que o deixa à vontade para fazer um shows mais brasileiro do que cubano. Por aqui, eles tocam amanhã, às 20h, e domingo, às 19h, na Caixa Cultural (Setor Bancário Sul).
O pianista Fabio Torres sustenta sensibilidade com uma técnica alucinante. O baixista Paulo Paulelli brinca com os tempos, fazendo caminhos do baião para o jazz com sutileza e malandragem. E a bateria de Edu Ribeiro, elogiada por Paquito, dá peso e suingue sem o vício do volume nas alturas que tanto aporrinha o cubano. No repertório, músicas como Amor Até o Fim (Gilberto Gil) e Song for Maura (do disco de Paquito que rendeu aos parceiros um recente Grammy).