Camilla Sanches
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Metaleiros de Brasília e redondezas, se preparem! O Marreco’s Fest, evento dedicado exclusivamente à vertente mais pesada do rock’n’roll, chega a sua 11ª e última edição neste fim de semana. A informação é do idealizador e organizador do festival, Fábio Marreco. “É muito difícil manter um evento tão caro, com a qualidade que sempre oferecemos, sem patrocínio”, explica ele. “Nosso público é muito segmentado, o que atrai muito pouco apoio da iniciativa privada. Os artistas e a plateia merecem os melhores equipamentos de som e a melhor estrutura. Como não conseguimos mais oferecer isso, vamos pendurar as guitarras”, lamenta ele.
Para se despedir em grande estilo, o Cine Drive-in (Autódromo de Brasília), onde a festa acontece amanhã e sábado, recebe três atrações internacionais, inéditas em Brasília – duas delas nunca vieram ao Brasil –, dez brasilienses e quatro nacionais. As estrangeiras são as bandas Grave, da Suécia, Samael, da Suíça e Raven, da Inglaterra.
Os grupos se dividem em dois palcos, Randy Rhoads e Chuck Schuldiner, que vão receber, ainda, a volta do projeto Classic Albums, em que bandas fazem homenagens tocando discos de ídolo
s do heavy metal na íntegra.
A Khallice é uma delas. O quinteto brasiliense, formado por Alírio Neto (vocal), Marcelo Barbosa (guitarra), Giovani Sena (baixo), Pedro Assunção (bateria) e Renato Gomes (teclado), vai interpretar todo o repertório do disco Awake, dos norte-americanos da Dream Theater.
tributo
“Participamos outras duas vezes do Marreco’s Fest, com trabalho autoral mesmo. Desta vez, será um show especial de tributo a este CD da banda”, conta o guitarrista. “Vamos cantar todas as faixas do álbum, na ordem e na íntegra”, adianta ele. A banda Khallice existe há 15 anos e tem dois álbuns gravados. O mais recente é Inside Your Head.
Para Marcelo, o encerramento do festival é uma grande perda. “Toco em outras bandas pelo Brasil inteiro e até em outros países, e posso dizer que este é um dos festivais mais bem organizados em que já toquei”, elogia. “Temos o Porão do Rock, mas não é exclusivo do metal. Torço para que eles mudem de ideia e continuem a fazer o evento, porque é difícil ter um festival desse tamanho, tão bem estruturado, dedicado ao rock mais pesado.”