Vinícius Remer
vinicius.remer@jornaldebrasilia.com.br
A relação apaixonada que o artista plástico Rodrigo Nardotto tem com a capital do País foi a inspiração para as obras presentes em sua primeira exposição individual: Óbvia Brasília – Placas Interrompidas, em cartaz até 29 de março, no Sesc Estação (504 Sul). “Nasci e fui criado debaixo desse céu magnífico, que chega a compensar a falta do mar. Brasília está presente nos meus sonhos, no meu tempo presente e passado”, filosofa o artista.
A mostra está dividida em duas séries. Óbvia Brasília retrata o cotidiano da cidade com o olhar peculiar do pintor. Cenários como a Igrejinha e o Setor Comercial Sul aparecem nas telas. “Imaginei que seria interessante fazer o óbvio na capital, pelos olhos de quem vive aqui”.
No cotidiano
Já em Placas Interrompidas, ele afirma que a ideia surgiu após observar uma placa derrubada perto de casa. Com base nisso, criou pinturas que registram esses momentos.
“Vejo que a interação e a intervenção humana na natureza em nossa cidade é digna de registro. Há também uma leitura sócio-antropológica que se faz sobre nossa sociedade, de como cuidamos, destruímos, desrespeitamos e recuperamos o nosso patrimônio”, diz.
Referências
Rodrigo Nardotto buscou, em movimentos da arte mundial, as referências para criar as pinturas da exposição. “No impressionismo busco criar a forma pelo uso da cor, e não pelo traço. E no expressionismo, tento colocar o sentimento e expressão do que estou sentindo.” O artista não revela, mas está presente na mostra outro tipo de intervenção e cabe a quem visitar a exposição conferir a surpresa. “Haverá uma instalação que conversará muito com as obras”, garante.
Óbvia Brasília
Placas Interrompidas – Até o dia 29 de março, no Sesc Estação (504 Sul). Visitações: segunda a sexta, das 8h às 20h. Informações: 3038-7531. Entrada franca. Classificação livre.
