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Viva

Blues Etílicos comemora 25 anos de carreira

Arquivo Geral

06/04/2011 9h52

Foto: Divulgação

Jamile Bilu

cultura@jornaldebrasilia.com.br

 

Há 25 anos, o grupo Blues Etílicos investe no estilo musical norte-americano que, na fusão com a música brasileira, serve de combustível para canções produzidas pela banda. Para comemorar o aniversário, a banda se apresenta na Caixa Cultural, nesta quarta e quinta-feira, às 20h, com repertório que mistura as canções autorais bem-humoradas e leves, com músicas do bluesman Muddy Waters, por quem os integrantes da banda são fascinados.

“Utilizamos o blues como matéria-prima para a nossa música, mas, a carregamos de referências da MPB e baião”,  afirma o gaitista Flávio Guimarães que, em trabalhos paralelos, já gravou com Alceu Valença, Ed Motta, Cássia Eller, Titãs, Zeca Baleiro e Renato Russo. Para conferir como se dá essa junção de ritmos, é só ouvir a canção Dente de Ouro, uma das mais badaladas do Blues Etílicos, que reproduz um som de berimbau a partir da guitarra de Otávio Rocha.

A atmosfera do blues sempre influenciou Greg Wilson (vocal, guitarra e trompete), Pedro Strasser (bateria), Cláudio Bedran (baixo), Flávio Guimarães (gaita) e Otávio Rocha (guitarra). A banda, que iniciou a carreira no Rio de Janeiro, em 1985, se profissionalizou rapidamente, em um período de valorização do rock nacional, pós-ditadura militar. “Tivemos sorte. Logo que nos inserimos no mercado, lançamos um EP, depois vieram contratos com gravadoras e aparições em programas de televisão. Isso ajudou a fortalecer o ramo do blues no Brasil”, revela Guimarães.

O pioneirismo e a regularidade da banda foram coroados com dez álbuns e o recente DVD, em homenagem aos 25 anos de carreira. Para comemorar a união do grupo, o DVD reúne uma ou duas músicas de cada disco, como Cerveja, Misty Mountain e Sol Também Me Levanta.

Bilíngue

Acostumados a compor em português e inglês, o Blues Etílicos carrega a vantagem de ser bilíngue. “Compor em duas línguas era raro no início, mas a sonoridade do blues combina tão bem com o inglês, pela forma pura e tradicional do ritmo, que é difícil fugir”, explica Guimarães.    

 
Com um álbum de inéditas encaminhado para o ano que vem, o público encontra o blues cru do grupo no décimo álbum Viva Muddy Waters , que contém dez canções do repertório do bluesman e uma inédita, que Charlie Musselwhite entregou para a banda. Nesse CD, a intenção do grupo era fazer uma releitura de um material que exige bastante conhecimento, e divulgar uma das principais fontes do ritmo. 
     

Blues Etílicos – 25 anos –  Nesta quarta e quinta, às 20h, na Caixa Cultural (Setor Bancário Sul, Quadra 4, lote 3/4, anexo ao Edifício-Matriz da Caixa Econômica Federal). Os ingressos custam R$ 20 (inteira). Não recomendado para menores de 16 anos.

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