Da Redação
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Há seis anos a banda Faluja toca em bares e festas da noite candanga, mas sonha em levar seu som pop rock para outros lugares. O CD do grupo que chega às lojas nas próximas semanas com o selo Som Livre é o primeiro passo concreto para a realização desse objetivo. Intitulado Bem Além da Esquina, o disco brinca com a possibilidade de levar as músicas do Faluja à cidades onde as esquinas realmente existam. Diz-se que em Brasília não há esquinas porque a cidade é feita de contornos, bifurcações e poucos cruzamentos.
Produzido por Ruben di Souza e Henrique Portugal, tecladista do Skank, o disco se divide entre canções pop e rock. São 12 faixas – entre elas, oito autorais – que começam com um som divertido e descompromissado e vão ficando mais pesadas, com letras densas. O destaque vai para guitarra e bateria. Algumas, como Flor do Meu Jardim e Qual É a Sua?, com participação do grupo Chimarruts, têm batidas de reggae. Para o guitarrista Eduardo Azambuja, o disco todo segue uma linha, que é de transparecer “a diversão que a gente tem de estar no palco e no estúdio e fazer uma música sempre positiva”, diz ele.
O desejo de ir além de Brasília não exclui do som do Faluja as influências que receberam de bandas da capital. Azambuja conta que a banda fez muito cover no início da carreira e ainda ouve artistas da cidade, como Capital Inicial, Cássia Eller e Natiruts.
“O Guto [Santanna, vocalista] é muito fã do Renato Russo e mantém essa linha de composição. As letras têm o jeito do Renato de falar, de criar um mistério, uma metáfora e não entregar direto o que quer dizer. Já o Capital é uma banda que a gente curte e acaba influenciado nos arranjos”, revela.
Depois de seis anos de carreira, o lançamento do primeiro CD anima a banda a fazer planos para conquistar novo público. “É muito difícil conseguir uma boa gravadora, mas também não adianta nada ser só mais um e ficar na prateleira. É fundamental correr atrás e estamos ampliando nosso contato com o público por meio das redes sociais”, conta Azambuja.