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Aventuras de James Bond no cinema completam 50 anos

Arquivo Geral

05/10/2012 9h09

São 50 anos da série oficial com o personagem que os produtores Harry Saltzman e Albert Broccoli adaptaram dos textos de Ian Fleming – 59 desde que surgiu o primeiro livro e 58 desde que James Bond viveu pela primeira vez na tela. O filme foi feito para TV, o ator Barry Nelson era inexpressivo e o diretor William H. Brown nem de longe conseguiu passar para o público o apelo erótico e o glamour que Terence Young imprimiu a O Satânico Dr. No, estreado em 5 de outubro de 1962. Algo se passou quando Sean Connery pronunciou a frase célebre: “The name is Bond, James Bond”. Bernard Lee, que fazia M, acrescentou que ele era o agente 007 – e o duplo zero lhe dava licença para matar.Foto: divulgação.

Em 1962, o império soviético não só estava de pé como a URSS representava um limite ao poderio econômico e militar dos EUA. As disputas entre as superpotências com frequência produziam sobressaltos e levavam o mundo ao risco do confronto nuclear. Recrudesceu o fascínio pelos espiões – os agentes secretos. Ian Fleming transformou 007 numa fantasia – o agente imbatível, o melhor em todos os campos e áreas. Nos seus antípodas, John Le Carré desglamourizou o seu ‘espião que saiu do frio’.

Havia as armas, as mulheres sexy, as locações que davam a volta ao mundo, as canções. E havia os vilões, ligados à organização sugestivamente chamada de Spectre. Contribuiu para o boom o fato de o presidente bossa nova dos norte-americanos – John Fitzgerald Kennedy –, haver declarado que, para desanuviar-se das tensões da Guerra Fria, não havia nada melhor do que os livros de Ian Fleming.

Se até mesmo o próprio Kennedy lia, como o leitor comum poderia resistir? E se 007 já se impusera nos livros, por que não no cinema? Como herói, ele se beneficiou das mudanças de comportamento que ocorriam na época – e que logo iriam mudar a estética dos filmes, desde as conquistas da nouvelle vague até o afrouxamento das normas que limitavam o uso do sexo e da violência nas produções feitas em Hollywood.

Ursula Andress, como Honey, saiu daquele mar (do Caribe) de biquíni e adaga na cintura em Dr. No. Começou uma verdadeira revolução em defesa do status quo. Como cavaleiro andante do capitalismo, Connery esteve cinco vezes na pele de 007 e depois foi substituído por George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig, o mais recente ator a dar vida ao espião. Uma caixa de home entertainment mapeia estes 50 prodigiosos anos. Muitos extras contam histórias de bastidores, repassam vilões e bondgirls. James Bond, para o bem e para o mal – para muita diversão –, integrou-se ao imaginário coletivo.

Nova aventura
007 – Operação Skyfall, que chega às telas de todo o mundo no dia 26 de outubro, será o primeiro filme da série a ser lançado no formato Imax. A trama estrelada por Daniel Craig traz, desta vez, o espião às voltas com uma operação malsucedida em Istambul.

Após o incidente, 007 desaparece e as identidades de todos os agentes infiltrados do MI6 vazam na internet; como resultado, M (Judi Dench, a chefe do MI6) entra na mira do governo e se torna alvo de uma investigação. Quando a agência é atacada, a volta repentina de Bond dá a M um pretexto para caçar Raoul Silva, o vilão da vez (interpretado pelo espanhol Javier Bardem), homem perigoso que garante que tem uma conexão pessoal com os dois.

Enquanto Bond segue uma pista de Londres até o Mar da China Meridional, sua lealdade a M é posta à prova quando ele descobre perturbadores segredos do passado de sua líder. O elenco conta ainda com Ralph Fiennes no papel de Gareth Mallory, o presidente do Comitê de Inteligência e Segurança do Reino Unido.

Como também é tradição, o tema do novo longa foi gravado por um grande nome da música. Desta vez, a missão ficou a cargo da inglesa Adele e se chama Let the Sky Fall e a trilha sonora, gravada nos estúdios de Abbey Road, é de Thomas Newman.

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