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Artista franco-paulistana Julia Kater faz primeira individual em Brasília

Arquivo Geral

08/01/2014 16h00

O trabalho da artista Julia Kater chega pela primeira vez chega a Brasília. A individual JULIA KATER – COMO SE FOSSE poderá ser vista na Caixa Cultural, de 14 de janeiro a 9 de março. Sob curadoria do jornalista e fotógrafo Eder Chiodetto – curador do Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo e Mestre em Comunicação pela ECA/USP – estarão trabalhos que passeiam pela recente trajetória da artista, de 2011 a 2013, contemplando séries de 2013 (A uma certa distância, Árvores urbanas, Como se Fosse e Encontros) e de 2012 (Lugar do Outro), além de obras como Les deux (2013) e Juillet (2011).  

A obra de Julia Kater revisita as técnicas de ampliação da fotografia, expandindo as possibilidades de expressão da imagem. Em seu trabalho, a artista fotografa lugares, figuras, paisagens e depois amplia as fotos em papel. A partir daí, elas são submetidas a cortes de tesoura e estilete e processos de colagem que proporcionam outras leituras da imagem captada. São ações feitas manualmente, dispensando ferramentas como Photoshop, hoje muito comuns em processos de pós-produção.

Julia Kater enfatiza a influência do cinema, da literatura e da psicanálise no processo artístico. “É por meio de choques e junções, espécies de atos falhos da capacidade ocular, que a artista nos convoca a pensar nos jogos de representação da fotografia deslocados do referente imediato”, explica o curador.

Segundo Eder Chiodetto, na série Como se fosse, a imagem de uma cachoeira descontinuada pelo corte da câmera se prolonga placidamente pelo ombro de uma pessoa criando um desenho factível, mas ao mesmo tempo com ares surrealistas. Diz o curador: “Julia Kater, com sua poética envolvente e seu estilete preciso, abre fendas para investigar o que se oculta entre a aparência e a espessura do mundo”.

A exposição apresentará 35 obras, entre fotografias e colagens. Integram a mostra as séries A uma certa distância, Árvores Urbanas, Como se fosse e Encontros, todas de 2013; Lugar do Outro, Horizonte e Ao mesmo tempo, de 2012; e os trabalhos Les deux (2013) e Juillet (2011). Em comum, a proposta de romper a imagem estabelecida.

A ARTISTA

JULIA KATER nasceu em Paris, França, em 1980, mas vive e trabalha em São Paulo. Bacharel em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e com formação em Fotografia pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM, São Paulo, começou a expor seus trabalhos em 2009. Desde então, já passou em coletivas por Portugal, Cazaquistão, Estados Unidos, Suíça e Brasil – São Paulo e Curitiba.

Já fez exposições individuais em São Paulo (Lugar do outro), Lisboa/Portugal (Ao mesmo tempo), Paris/França (Julia Kater), Curitiba (Manobra) e chega agora pela primeira vez a Brasília com Como se fosse, Programa de Ocupação Caixa Cultural. Julia Kater já fez residência artística em Lisboa e recebeu o Prêmio FUNARTE de Arte Contemporânea 2011, em São Paulo, Brasil.

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