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Viva

Arnaldo Antunes resume 30 anos de carreira em DVD acústico

Arquivo Geral

17/05/2012 16h15

Eric Zambon

eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br

 

São 30 anos de carreira, 12 álbuns de estúdio, entre parcerias e projeto solo, inúmeras composições aproveitadas por outros cantores e muita história pra contar. Foi mais ou menos isso que Arnaldo Antunes tentou condensar em seu terceiro álbum ao vivo, o Acústico MTV – Arnaldo Antunes, disponível para vendas desde 10 de maio.

 

Em um cenário giratório decorado para parecer um carrossel, com todos os músicos da banda se encarando, o CD/DVD traz um Arnaldo afiado, com repertório que visita praticamente toda sua carreira e participações especiais que engrandecem o espetáculo. O super-grupo de apoio do ex-Titã, com Edgard Scandurra (ex-Ira! e parceiro de longa data de Arnaldo), Marcelo Jeneci, Curumim, Chico Salém e Betão Aguiar não perde a sintonia. Seja nas canções que criaram juntos seja nas inéditas, como Alma, composta em parceria com Pepeu Gomes e famosa na voz de Zélia Duncan.

 Foto: divulgação

Em 2010, Arnaldo trouxe nomes como Erasmo Carlos e Jorge Benjor para as gravações do Ao Vivo Lá em Casa. Dessa vez os escolhidos foram Nina Becker, Moreno Veloso, Guizado e Liminha, que também assina a produção.

 

“Algumas músicas a gente definiu em função dos arranjos. A gente viu o que ficava melhor e foi escolhendo”, conta Arnaldo, em entrevista por telefone pouco antes de embarcar para Piracicaba (SP), para realizar o show de estréia da turnê do Acústico, no dia 16 de maio. “Existem acústicos memoráveis por aí. Quando me chamaram para fazer eu aceitei. Achei que era um bom momento pra pensar e repensar a carreira.”

 

Em relação ao palco exótico do DVD, deve haver algumas modificações no andamento da turnê. Restrições físicas obrigaram os produtores a pensar em algo diferente para o cenário. “É difícil recriar aquele palco do Acústico, mas vai ter uma situação adaptada”, explica o músico.

 

Ainda pulsa?

 

Em entrevistas anteriores, Arnaldo disse que se reuniria tranquilamente com seus ex- companheiros do Titãs e que poderia até participar de um pedaço da turnê comemorativa de 30 anos da banda. Perguntado sobre seu outro conjunto de sucesso, Os Tribalistas, parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown, o músico não teve tanta certeza.

 

“A gente está sempre se encontrando pra compor, mas não tem esse projeto (de se reunir). Não tem nenhum projeto de fazer outro disco nem nada”, diz o músico.

 

O tempo passa

 

No refrão da canção de encerramento do Acústico MTV, “Envelhecer”, do álbum solo Iê Iê Iê, de 2009, Arnaldo canta “Não quero morrer pois quero ver/ Como será que deve ser envelhecer”. Próximo de fazer 52 anos, o artista se defronta com a idade, mas garante que não há preocupação. “Eu fiz ‘Envelhecer’ na época em que completaria 50 anos. A vivência faz com que a gente pense nessas questões, mas não é uma preocupação. É uma questão de enfrentar isso.”

 

Para enfrentar a idade, ele resolveu se unir a artistas mais jovens como Marcelo Jeneci e Curumim. Segundo Arnaldo, isso o mantém ligado nas novidades e permite que se relacione melhor com o que há de novo. “Já fiz algumas coisas com alguns (músicos novos), como o (Fernando) Catatau que produziu o Iê Iê Iê. Tem também o Leo Cavalcanti, o Rômulo Fróes, a Karina Buhr, a Céu… Eu sou curioso. Quero sempre acompanhar o trabalho das gerações mais novas e acabo curtindo muita coisa. Tocar com músicos mais jovens me aproxima de outros artistas da geração deles e me faz conhecer mais coisas.”

 

E por aqui?

 

No site do cantor, não há previsão para apresentações em Brasília, seja da turnê do Acústico ou do projeto paralelo Curva da Cintura, parceria com Edgard Scandurra e com o músico africano Toumani Diabaté, que divide as atenções de Arnaldo. Mas ele manda o recado. “Espero que a gente esteja aí em breve.”

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