Milhares de pessoas correndo e gritando pelas ruas. Em tempos de manifestações populares isso pode não soar como algo aterrorizante. Mas, neste caso, a situação é outra. Eles aparecem na televisão, quadrinhos, cinema e jogos sempre com um apetite voraz por carne humana. Todo mundo sabe que os mortos-vivos estão na moda e figuram várias vertentes da cultura. O mais novo exemplo dessa “epidemia” é Guerra Mundial Z, superprodução apocalíptica que estreia hoje nos cinemas.
Com direção de Marc Forster (O Caçador de Pipas, 007 – Quantum of Solace), o longa-metragem é inspirado no livro homônimo escrito pelo norte-americano Max Brooks – mesmo autor de O Guia de Sobrevivência a Zumbis.
A obra original foi lançada no País pela Editora Rocco e traz algumas diferenças em relação à adaptação na telona. A começar pela própria estrutura da trama. Enquanto o livro conta com relatos de diversos personagens que estão em muitos pontos do planeta, o filme se foca exclusivamente em Gerry Lane (Brad Pitt) e a batalha para defender sua família e a humanidade.
contaminação
A narrativa de desenvolve rápido. Os créditos iniciais apresentam um panorama da situação mundial: ataques de pessoas agressivas, surtos de vírus como a gripe aviária e outras notícias plausíveis e comuns que volta e meia podem ser lidas nos jornais.
Em seguida, a coisa já fica feia. É quando Gerry se vê no meio do caos provocado pelos zumbis. Um ponto interessante é a forma de contágio. Quem é mordido se contamina em questão de segundos, o que explica a velocidade e quantidade impressionante de vítimas.
Terror?
Em Guerra Mundial Z, os zumbis são rápidos, descontrolados e perigosos. Com momentos de suspense, o filme é uma boa pedida para quem gosta do gênero. Os fãs de terror, entretanto, podem se decepcionar pela pouca violência e sangue. São muitas mortes e mordidas, mas poucas vísceras num 3D dispensável.
Ponto de Vista
O jornal de Brasília convidou o cineasta Tiago Belotti para assistir ao filme Guerra Mundial Z na sessão reservada à imprensa. Ele, que dirigiu o longa Capital dos Mortos – famosa produção de zumbis totalmente rodada em Brasília – aprovou o que viu na telona, mas fez algumas críticas. “Eu teria investido mais nos personagens secundários. Só tem Brad Pitt no filme, nenhum outro personagem tem presença marcante”, opina. “E não gostei do final, muito anticlimático e repentino”, comenta.
Como sucesso de bilheteria, Guerra Mundial Z terá uma continuação. E, em Brasília, Capital dos Mortos também vai ganhar uma sequência, prevista para ser rodada este ano. O roteiro está pronto e alguns atores já foram selecionados.
Manifestações no País afastam Brad Pitt
O ator Brad Pitt, que está viajando o mundo para promover o filme Guerra Mundial Z, cancelou sua vinda ao Brasil por causa da onda de protestos espalhados pelo País. Ele participaria de um evento da pré-estreia do longa-metragem no Rio de Janeiro, marcado originalmente para a última segunda. A razão para a decisão foi que não haveria segurança para a realização de uma cerimônia de estreia oficial, com tapete vermelho e a presença de estrelas. Além de Pitt, viria ao Rio o diretor da produção, Marc Forster.