Andréia Castro
andreia.castro@jornaldebrasilia.com.br
A ideia inicial da cantora Ana Carolina era fazer duas pequenas temporadas com o show Ensaio de Cores, mas o projeto ganhou força própria e acabou virando CD, DVD, especial do Multishow e, a pedido do público, retorna a Brasília amanhã. “As cores se espalharam”, conta a intérprete em entrevista para o Jornal de Brasília. Lançado em 2010, Ensaio de Cores foi muito bem recebido pela plateia e pela crítica – o que fez com que o espetáculo ganhasse fôlego e percorresse todo o Brasil.
Com direção e produção musical da própria artista, Ana Carolina canta, toca guitarra, violão, pandeiro e baixo, além de revelar seu lado pintora. “Queria fazer algo que unisse música e artes plásticas. Comecei ‘compondo’ quadros e, com o tempo, tive a ideia de apresentá-los em uma exposição montada nos locais dos shows”, explica Ana. As obras podem ser compradas e ela faz questão de ressaltar que parte do valor arrecadado será revertido para a Associação de Diabetes Juvenil (ADJ) – entidade que a cantora apoia há três anos. “Convivo com a diabetes desde a minha adolescência e queria falar sobre isso de uma maneira visual”, conta.
Segundo Ana Carolina, cores e sons se complementam desde a escolha do repertório até as obras projetadas nos telões. “Está tudo relacionado às emoções”, garante. Ela afirma que os processos têm elementos em comum. “A pintura e a música são manifestações de amor, de alegria, de inquietação. Nas duas formas de arte eu dou meu recado a quem estiver na mente, no coração, na plateia ou em uma exposição. Tudo é arte e forma de expressão”, explica.
Um dos destaques do show fica por conta do formato intimista do espetáculo e das componentes da banda escolhidas para acompanhar Ana no palco. São elas: Délia Fischer (piano), Gretel Paganini (violoncelo) e Lanlan (bateria e percussão).
REPERTÓRIO
Em Ensaio de Cores, Ana reúne desde músicas de sua autoria como As Telas e Elas e Eu Comi a Madona, passando pela releitura de Djavan, Azul, a inéditas como Você Não Sabe, de Antônio Villeroy; e o samba Prá Tomar Três – a primeira parceria de Ana Carolina com Edu Krieger. Todas Elas Juntas Num Só Ser, de Lenine e Carlos Rennó, e Simplesmente Aconteceu, de Chiara Civello e Dudu Falcão, também fazem parte da seleção, que conta ainda com antigos sucessos da cantora como Pra Rua Me Levar e Carvão.
Perguntada sobre o público de Brasília, ela destaca a diversidade da cidade. “Gosto porque tem sempre gente de várias regiões e países. Meu público é sempre passional. Na capital, cantam todas as músicas”, revela. “Quero todo mundo lá”, completa Ana.
A cantora e compositora tem novidades para este mês. Ela foi convidada a gravar um dueto com o espanhol Alejandro Sanz para o novo disco do cantor, La Musica No Se Toca, com lançamento mundial até o fim de setembro. Ana escreveu os versos em português para a canção Irrepetível, que já está tocando nas rádios. Os dois devem se encontrar em Buenos Aires nas próximas semanas para a gravação do clipe.
