Da Redação
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A22ª edição do Seminário Internacional de Dança de Brasília está na reta final e será encerrada de maneira singular. O tradicional evento já é referência mundial e sempre oferece uma programação que inclui cursos com professores estrangeiros e um rigoroso concurso internacional com prêmios em dinheiro, além de bolsas de estudo e espetáculos gratuitos – contando, inclusive, com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob regência do maestro Cláudio Cohen.
A programação na Sala Villa Lobos terá hoje a disputa acirrada pelas bolsas de estudo. Amanhã é a vez da Gala de Premiação, com a entrega das medalhas, dos prêmios em dinheiro e dos prêmios especiais (bolsas de estudo e estágios). No domingo está marcada a Gala de Encerramento. Gisèle Santoro, coordenadora do evento, fala que a noite de encerramento será especial: “Teremos os espetáculos Chopiniana, uma remontagem de Roumen Rachev (Bulgária); o Canto de Amor e Paz, criação mundial de Mônica Proença e Karah Abiog (EUA) e, por último, e minha coreografia de Dança das Horas.”
Para o público leigo, são oferecidas atividades como alongamento, pilates, hip hop para principiantes e iniciação à dança. As aulas e cursos são realizados na Sala de Dança do Teatro Nacional Claudio Santoro e no Centro de Dança do DF. O evento também disponibilizou, por meio de parcerias, mais de 350 bolsas no exterior.
A professora Evandra Martins ganhou do seminário uma viagem para a Bélgica, anos atrás, e trabalhou na Ópera de Paris. Agora ela oferece duas bolsas: uma para o Goubé European Dance Center e a outra para o Conservatório de Paris. No Seminário, ela ministrou aulas para crianças-bolsistas (que participam do seminário sem pagar) a partir de 11 anos.
“Me sinto emocionada por poder voltar a Brasília e devolver, de certa forma, o que um dia recebi: oportunidade”, diz Evandra. Outra professora que também foi bolsista, Mônica Proença (hoje radicada no Canadá) defende que é maravilhoso poder completar o ciclo e poder ajudar a tantos talentos. “Sempre que posso ofereço bolsas para o Canadá. Sem isso, muitos desistem”, lamenta Proença.
A maioria dos bolsistas é carente. Gisèle Santoro explica que “todos os anos um professor internacional acompanha esses bolsistas e os orienta, oferecendo uma chance única e inédita no País, de integração pela dança”, afirma.
Outra bolsa que será oferecida este ano será dada por Kirill Melnikov para a Escola Superior de Música e Artes Cênicas de Munique. Ele é o vice-diretor dessa renomada instituição. “O bailarino brasileiro dança com alma e energia”, elogia o profissional.