Freiras passam a sensação de santidade e bondade. Normalmente é assim, mas há uma em especial que não é nada disso. Em cena, o ator Octávio Mendes desconstrói esta figura e apresenta pela primeira vez na cidade a peça Irmã Selma e Seu Terço Insano. As sessões acontecem neste sábado e domingo, no Teatro Nacional.
As gargalhadas são garantidas e o espetáculo conta com seis quadros diferentes, onde Octávio incorpora personagens que variam entre os mais peculiares. Entre todos, irmã Selma, uma das mais populares. É uma freira amarga que não gosta de crianças, mas que está levantando fundos para a construção de um orfanato. Apesar do tema sério, o quadro não inclui piadas sobre a Igreja e nem sobre o novo Papa. “Faço uma hora e 40 minutos de espetáculo sem palavrão ou qualquer tipo de apelação”, destaca Octávio.
Maria Botânica
Entre os tipos que entram em ação, há também a personagem Maria Botânica, que foi criada por acaso. Certa vez, em um quadro do Terça Insana (tradicional grupo de stand up comedy de São Paulo), ele subiu ao palco com uma peruca de homem das cavernas. Então alguém da plateia gritou: Maria Bethânia? A semelhança se deu por conta do nariz avantajado do ator.
“Cada personagem vem de um lado, mas são todos simples. O diferencial é que eles têm um bom texto e interpretação”, diz. E completa: “Ao longo da peça reservo algumas surpresas para o público”. Entre as figuras que ele encarna estão Mônica Goldstein, apresentadora de um programa sensacionalista; Walmir, um ex-gay; e Xanaína, uma prostituta que sonha em ser cantora.