Michel Toronaga
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Neste segundo álbum solo, o cantor e compositor Daniel Lopes deixou de lado o experimentalismo do primeiro disco para se focar num trabalho com uma unidade. “Dependo muito de uma motivação. O CD chama Bonito, mas sei que isso é muito relativo”, diz o carioca. “Fui na busca do que é belo para mim. Gravei em estúdios bons, com instrumentos bacanas”, relembra ele. Três das dez faixas que fazem parte do lançamento contam com arranjos de cordas gravados na República Tcheca pela Filarmônica de Praga.
“Eu estava ouvindo muito Gilberto Gil e quis compor com harmonia e melodia”, comenta o artista. A primeira faixa que ele fez foi a melancólica Sem Flores. Com parcerias com Leoni e a atriz Juliana Didone (na letra), se destaca no disco a poderosa Distância, que ele canta ao lado de Milton Nascimento. “Fiz com um poema do Omar Salomão, um poeta do Rio. Ficou uma música quase épica e me lembrei do Clube da Esquina”, compara.
Daniel convidou o consagrado mineiro por e-mail, que aceitou fazer um dueto. “Ele falou que não é toda música que combina com ele, mas aquela combinava”, recorda.
As gravações aconteceram no ano passado e resultaram em um álbum agradável, com uma leve pegada pop. Um exemplo é a cativante Conchinchina, parceria de Lopes com Rodrigo Bittencourt. É uma declaração de amor em vários endereços do planeta. Além de cantar e gravar, o artista também trabalha com produção. “Desde que eu me recordo estou na música. Toquei seis anos acompanhando o Leoni e gravei uns dois DVDs e três ou quatro CDs com ele”, cita.
Influências
Apaixonado pelos ritmos, ele admite que escuta de tudo. “Minha escola principal é o folk, rock e MPB. Atualmente ando ouvindo uns discos mais obscuros do Bob Marley”, revela. Enquanto apresenta o repertório do novo trabalho no Rio de Janeiro e em São Paulo, ele planeja tocar em outras praças, incluindo Brasília.
