Em relação à sua primeira convocação pela Seleção Brasileira, Tite fez seis alterações na equipe o que deixou o time mais ‘europeu’. Das mudanças, cinco atletas que deixaram a relação atuavam no território nacional, enquanto apenas um jogador que atua em solo brasileiro foi novidade na lista. O treinador justificou as modificações com o momento decisivo dos clubes no Campeonato Brasileiro.
“A minha primeira responsabilidade e maior é buscar o melhor para a Seleção Brasileira. Paralelamente a isso, eu, como ex-técnico de clube, de ser um pouco criterioso e, quando dois atletas têm o mesmo nível, não prejudicar uma equipe que está brigando título ou por Libertadores. Isso também pesa, não prioritariamente, mas vai pesar sim”, disse Tite.
Marcelo Grohe e Pedro Geromel (Grêmio), Rodrigo Caio (São Paulo), Rafael Carioca (Atlético-MG), Gabigol (Inter de Milão-ITA, mas Santos quando foi convocado) e Taison (Shakhtar Donetsk-UCR) foram substituídos por Alex Muralha (Flamengo), Thiago Silva (Paris Saint-Germain), Oscar (Chelsea), Fernandinho (Manchester City), Douglas Costa (Bayern de Munique) e Roberto Firmino (Liverpool) na nova relação de Tite. O treinador, porém, afirmou que as alterações não são por deficiência técnica.
“Sempre buscamos uma avaliação e acompanhamento do momento. Muitos dos atletas foram prejudicados pelo início de temporada europeu, agora é uma forma mais equilibrada. Muitas vezes me sinto cometendo alguma injustiça, e dói o coração. Humanamente sendo injusto, mas procurando fazer o correto. Tenho que escolher atletas que entre dois que estão bem, mas um por alguma situação um deles está melhor, e não porque o outro está abaixo. Foi assim de Taison para Douglas Costa, de Geromel para Thiago Silva, Rafael Carioca para Fernandinho. É uma concorrência leal que os atletas precisam ter”, completou.
Com o time mais ‘europeu’, o Brasil vai enfrentar a Bolívia no dia 6 de outubro, na Arena das Dunas, em Natal, e em seguida viaja para Mérida, onde encara a Venezuela, no dia 11. Após vencer Equador e Colômbia, a Seleção ocupa a segunda colocação das eliminatórias, com 15 pontos em oito rodadas (o Uruguai é o líder, com 16). Sobre os adversários, Tite deixou claro que espera bastante dificuldade.
“Bolívia venceu o Peru em casa, empatou fora com o Chile, bicampeão da Copa América. Os resultados falam por si. Para que a gente repita o nosso nível de atuação, precisamos de maturidade. Estamos com percentual de assistência para finalização para gol muito alto, em função da equipe ter construído e permitido a finalização. Triangulação, jogadores móveis, é uma característica da equipe e queremos mantê-la, independentemente dos adversários. Nisso está essa maturidade de não ver equipes mais frágeis. A Venezuela abriu 2 a 0 na Argentina. Temos que repetir um padrão para seguir nessa caminhada”, finalizou.