Eric Zambon
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Depois da goleada sobre Portugal, o técnico alemão Horst Hrubesch não quis saber de comparações com o 7 a 1 durante a coletiva de imprensa pós-jogo. “Se olharmos para nossos 90 minutos, foi nossa partida mais completa”, preferiu elogiar. Segundo ele, pelo pouco tempo de preparação do time, o entrosamento entre os jogadores teve de melhorar a cada confronto. “Hoje estamos em forma, somos habilidosos e temos personalidade”, complementou.
Com os germânicos apresentando futebol vistoso, porém, fica impossível o brasileiro não se recordar da Copa do Mundo de 2014. Nesta edição dos Jogos, a única possibilidade de as duas equipes se enfrentarem é em uma eventual final, a ser disputada no Maracanã. Se nossos algozes de 2014 progredirem até a decisão, devem chegar ainda mais fortalecidos, pois o adversário na semifinal será a forte Nigéria.
A organização tática demonstrada pela Alemanha no 4 a 0 sobre Portugal impressionou até o técnico adversário. “Já no intervalo a vantagem deles poderia ter sido maior. Não conseguimos anular a posse de bola e não ganhamos a segunda bola”, lamentou o treinador Rui Jorge, que reclamou do estado do gramado do Mané Garrincha, mas garantiu não ter sido esse o motivo de sua equipe ter perdido. “Perdemos o jogo por números expressivos e falar do gramado soaria quase como desculpa”, reconheceu.
O português teve muita dificuldade de selecionar os 18 jogadores que representariam o país nestes Jogos. Ele precisou conversar com 57 atletas até conseguir aqueles cujos clubes dessem o OK para trazê-los ao Rio2016. “Vou apenas enaltecer o trabalho de quem está aqui”, limitou-se a responder o técnico, ao ser perguntado sobre esse aspecto. Segundo Jorge, tecer qualquer comentário sobre quem poderia ter vindo seria minimizar o esforço de quem, de fato, jogou.
