Foram pouco mais de cinco meses de jejum, mas neste domingo Kelvin desencantou. O atacante são-paulino não balançava as redes desde 5 de abril, quando deixou sua marca na goleada do Tricolor sobre o Trujillanos por 6 a 0, ainda na primeira fase da Copa Libertadores da América. O gol em cima do Figueirense, nesta 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, é apenas o terceiro de Kelvin na temporada, mas serviu para tirar um peso das costas do ponta.
“Estava precisando. É importante fazer um gol, ainda mais com vitória assim. Então, fico feliz, mais pela vitória, mas com o gol também que é consequência do meu trabalho”, admitiu, lembrando que marcar gol nunca foi seu forte. “Nervoso eu não estava. Não sou um jogador que faz gol todo jogo, isso todo mundo sabe. Sou um jogador que dá mais assistência”, lembrou.
Os contundentes 3 a 1 em cima da equipe catarinense no Morumbi mostraram uma nova cara do São Paulo, que já não vencia há seis jogos (cinco pelo Campeonato Brasileiro e um pela Copa do Brasil), mas, para Kelvin, na derrota para o Palmeiras o time já apresentou uma evolução.
“Fizemos um bom jogo já na quarta-feira. Não foi um jogo extraordinário. Não ganhamos (na quarta), mas fizemos um bom jogo. Não deixamos que a equipe do Palmeiras comandasse o jogo inteiro e trouxemos os momentos bons para hoje. Tivemos o resto da semana de treino para que tudo fosse corrigido. Fomos felizes nessa parte”, analisou o atacante.
Diante da boa performance nos últimos jogos, Kelvin já foi questionado sobre as chances de seguir no clube ano que vem. Emprestado até dezembro ao Tricolor do Morumbi, o atacante pertence ao Porto e ainda não sabe se terá de voltar à Portugal.
“É cedo ainda para dizer se vou voltar. Ninguém sabe do futuro. O Porto não conversou comigo ainda. O São Paulo também não. Está tudo normal. Tenho contrato até dezembro e só depois que vou saber do meu futuro”, explicou, antes de completar.
“Estou num momento bom no São Paulo, e todos que jogam em time grande sabem que esses momentos são passageiros. Quero ficar sim, gosto do grupo do São Paulo, honrei essa camisa, eu me sinto em casa aqui. Mas, como disse, ninguém sabe do futuro. O Porto também é a minha casa, mas hoje estou bem aqui”.
No que depender da vontade de Maicon, capitão do elenco são-paulino, a diretoria do clube brasileiro terá de se esforçar para segurar o atleta. “Quero que ele fique. Não só eu, como todos aqui do São Paulo. É um jogador que tem nos ajudado bastante, principalmente nestes últimos jogos. Infelizmente não conseguimos a vitória contra o Palmeiras, mas ele foi um dos jogadores que mais desequilibrou. Nesse domingo também fez isso e, graças a Deus, contribuiu ao máximo. Espero que ele fique por muito tempo”, reforçou o zagueiro.