Os tropeços da Seleção Brasileira no torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos não abalam o atacante Gabriel. Após contestar as vaias que a equipe recebeu no empate sem gols com a África do Sul, na estreia, o jogador do Santos minimizou outro 0 a 0, desta vez com o Iraque, no domingo, também no Mané Garrincha.
“O que falta é a bola entrar para a gente deslanchar”, garantiu Gabriel, que, assim como os seus companheiros de ataque, não tem contribuído muito para que a torcida brasileira enfim comemore um gol. “Falta um pouquinho mais de capricho para a bola entrar”, insistiu.
Questionado sobre o motivo de se manter tão confiante – a Seleção Brasileira estará precocemente eliminada das Olimpíadas se não ganhar da Dinamarca na quarta-feira, na Fonte Nova –, o atacante não hesitou: “Isso vem do nosso trabalho, da nossa qualidade. Independentemente das críticas, do que a torcida fala, a gente sabe bem o que deve fazer no próximo jogo. Vamos manter o nosso sistema e caprichar mais para a bola entrar. No momento certo, conseguiremos as vitórias”.
A intenção de seguir com o esquema tático que não funcionou nas duas primeiras rodadas – há muito distanciamento entre o meio-campo e o trio de ataque formado por Neymar, Gabriel Jesus e o próprio Gabriel – mostra que o atacante não está incomodado com o seu posicionamento em campo.
“No Santos, jogo de uma forma. Na Seleção, de outra. Se tiver que jogar de zagueiro, vou jogar”, discursou Gabriel, estendendo o raciocínio ao amigo Neymar. “É natural que a gente procure ele, pelo cara que é, pela qualidade que tem. Estamos criando chances não só com ele, mas com outros jogadores. Foram muitas hoje. As coisas vão acontecer para o Neymar também”, apostou.
