Roberto Wagner
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Pouco menos de quatro minutos de remada, alguns instantes de comemoração e cerca de uma hora dando entrevistas. Esse foi mais ou menos o tempo que o baiano Isaquias Queiroz teve para curtir sua primeira disputa por medalha – ele levou a prata na classe C1 1000m da canoagem de velocidade.
O curto prazo para vibrar com sua medalha inédita em Jogos Olímpicos teve um motivo muito justo. Isaquias tem planos mais ousados. “Eu vim para cá fazer história e ela já está sendo escrita com essa primeira medalha do Brasil”, disse o apressado atleta.
Ainda nesta terça-feira, Isaquias voltará à água para se preparar para as duas próximas provas que tem pela frente. Na quarta-feira, às 9h16, o brasileiro disputa as preliminares dos 200m. Já na sexta-feira, disputa ao lado de Erlon Silva o qualificatório dos 1000m em duplas.
“Meu treinador já deve estar louco para eu ir para a água. Justamente porque tenho que mudar o pensamento dos 1000m para os 200m. Na de hoje (terça) não importa muito largada, mas nos 200m tem que sair bem. Tenho que fazer uma mudança de remada…”, explica Isaquias.
Competitivo como sempre, Isaquias espera dar o troco no alemão medalha de ouro Sebastian Brenden nas próximas provas. “Vou trabalhar mais para nas próximas provas dar o troco nele”, garante.
Sem tradição alguma nesse esporte, o povo brasileiro encheu as arquibancadas do Estádio da Lagoa para acompanhar a prova de Isaquias. O brasileiro garante que isso lhe deu ainda mais forças. “Quando cheguei ali nos 200m finais ouvi aquela galera gritando e isso foi muito bom. Em outros países eu não tenho ninguém gritando meu nome. Me ajudou bastante”, disse Isaquias.
