SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
A defesa de Daniel Alves está elaborando um acordo com a justiça espanhola para reduzir ao máximo a penado jogador. Ele pode ser condenado de 6 a 12 anos de prisão.
O QUE ACONTECEU
Há poucos dias, Alves fez uma mudança em sua estratégia de defesa. O brasileiro trocou o advogado Cristóbal Martell por Inés Guardiola, advogada catalã também especializada em agressões sexuais e direito penal.
Para que o acordo aconteça, o brasileiro terá de pagar à vítima uma quantia em dinheiro pelos danos causados que ainda não foi definida.
Ele também vai precisar se declarar culpado do crime. Algo que contrariaria as suas cinco declarações anteriores, nas quais sempre garantiu que se tratavam de relações consensuais.
O acordo já está em negociação, segundo fontes consultadas pelo jornal ‘El Español’. No entanto, não há garantias de que o juiz irá aceitá-lo.
O julgamento de Daniel Alves deve ser realizado entre este mês de outubro e novembro.
RELEMBRE O CASO
Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro, acusado de ter estuprado uma mulher de 23 anos na boate Sutton, em Barcelona, em dezembro do ano passado.
O jogador já prestou dois depoimentos à Justiça espanhola, aos quais o UOL teve acesso. O advogado do brasileiro, Cristóbal Martell, já entrou com três recursos à prisão, todos negados pela Justiça.
A advogada da mulher que acusa Daniel Alves, Ester García López, falou com exclusividade ao UOL em janeiro. Ela disse que a vítima, cujo nome não será divulgado, não quer a indenização à qual terá direito em caso de condenação. “Quero prisão”, teria dito a jovem.